Henrique Santiago   |   15/08/2016 15:20

Crystal desiste de reformar icônico SS United States

Os planos da armadora de luxo Crystal Cruises de restaurar o histórico SS United States foram por água abaixo.

SS US Conservancy
O presente

O que parecia ser uma boa notícia para os fãs saudosistas dos mares, infelizmente não será realidade no momento. Os planos da armadora de luxo Crystal Cruises de restaurar o histórico SS United States foram por água abaixo.

Após seis meses de avaliação, a empresa determinou que os desafios de estrutura de som, técnicos e comerciais se mostraram “intransponíveis”. Mesmo com a falta de êxito, a Crystal irá doar US$ 350 mil à associação SS United States Conservancy para salvar o navio da década de 1950 e mantê-lo ativo.

Em fevereiro deste ano, ambas as partes anunciaram um plano de revitalização do transatlântico. Somente em estudos de viabilidade e avaliação profissional, a companhia marítima investiu mais de US$ 1 milhão.

“Infelizmente, os obstáculos que enfrentaríamos ao trazer um navio de 65 anos para a segurança moderna, design e conformidade regulatória internacional se provaram grandes demais tanto de forma técnica e comercialmente responsável”, lamentou a presidente e diretora executiva da Crystal, Edie Rodriguez.

Os estudos apontam que a estrutura do navio ainda é sólida, mas requereria da armadora um maior trabalho para substituir parte do casco a fim de trazê-lo nos padrões de operação modernas.

SOBRE O NAVIO
SS US Conservancy
O passado do navio
Com 60 mil toneladas, o SS United States adentrou aos mares pela primeira vez em 1952 com um alcance histórico de velocidade: 59 quilômetros por hora, um recorde ainda mantido. Trata-se do maior navio de passageiros já construído nos Estados Unidos.

Antes de sua aposentadoria, em 1969, era considerada a embarcação mais luxuosa do mundo. Ilustres figuras viajaram na embarcação, como os presidentes dos Estados Unidos John F. Kennedy e Dwight Eisenhower, e atores da era de ouro de Hollywood, como John Wayne e Elizabeth Taylor.

Ao longo de quase uma década, o navio esteve sob posse da reserva da marinha dos Estados Unidos. Em 1978, foi colocado em “leilão” e atraiu o interesse de compradores. Após passar por mãos e planos diferentes, a Norwegian Cruise Line comprou o transatlântico em 2003 com ideias de remodelá-lo.

A crise econômica que assolou o país, porém, interrompeu os planos e o SS United States foi posto novamente à venda. Então, a SSUSC agiu e criou a campanha Salve nosso navio para atrair verbas públicas para manter o cruzeiro “vivo” e evitar mais uma venda. Mas isto não será mais necessário, não com os planos ambiciosos da Crystal Cruises.

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