Da Redação   |   26/01/2010 13:05

Declarado estado de emergência em Cusco por 60 dias

Os cerca de 120 turistas brasileiros que estavam na região de de Cusco, no Peru, próxima ao sítio arqueológico de Machu Picchu, passaram a noite de ontem (25) em vagões, por falta de locais apropriados para serem abrigados. O Ministério das Relações Exteriores informou que todos estão bem

(Agência Brasil)

Os cerca de 120 turistas brasileiros que estavam na região de de Cusco, no Peru, próxima ao sítio arqueológico de Machu Picchu, passaram a noite de ontem (25) em vagões, por falta de locais apropriados para serem abrigados. O Ministério das Relações Exteriores informou que todos estão bem e não há mortos. O objetivo é retirá-los daquela região ainda hoje (26), em uma ação da Embaixada do Brasil em Lima (capital do Peru) e da Defesa Civil.

De acordo com dados oficiais, 40% das pessoas que permanecem na região estão sem água potável e a comida está acabando. As autoridades de Cusco informaram que foi declarado estado de emergência por 60 dias. Também está proibida a entrada de turistas na região nos próximos três dias.

Desde sábado (23), as autoridades peruanas estão em alerta em decorrência das fortes chuvas que caíram na região de Cusco e bloquearam a ferrovia que dá acesso a Machu Picchu. Aproximadamente dois mil turistas – entre brasileiros, europeus e norte-americanos – estavam na região da cidade de Águas Calientes. A cidade é uma espécie de apoio para quem visita a região.

O Ministério do Comércio e Turismo e a Defesa Civil do Peru pretendem retirar os turistas com a ajuda de seis helicópteros policiais e militares. As crianças e idosos terão prioridade de embarque. Alguns turistas se arriscam a tentar deixar os locais tomados pelas águas por meio de trilhas que há na mata fechada, mas a caminhada costuma levar mais de oito horas.

Pelos dados oficiais, nos últimos três dias as chuvas que transbordaram os rios Vilcanota e Blanco provocaram duas mortes, causaram inundações em cerca de 50 casas da região e destruíram centenas de plantações de milho. As ruínas de diversos sítios arqueológicos já sofreram danos, mas o governo do Peru ainda não detalhou as perdas.

Tópicos relacionados