Israel foi contra. Os Estados Unidos também. Mas a Unesco aprovou a reivindicação da Palestina e classificou, na última sexta feira, em São Petersburgo (Rússia), a Basílica de Behtléem, em Belém (Israel), como Patrimônio Mundial da Humanidade.

Uma questão de justiça e uma vitória diplomática para a causa palestina, a primeira, depois de sua inclusão no ano passado na Unesco. Prova de que a comunidade internacional tem intenção de proteger o patrimônio palestino.

A igreja, construída por Constantino no século 4, no mesmo lugar de nascimento de Jesus Cristo, é uma das mais antigas e mais belas do planeta. Igrejas cristãs são encarregadas de guardar o local: a dos gregos ortodoxos, dos latinos (católicos) e armênios. Foi restaurada no século 6 por Justiniano e ficou intacta até hoje na sua estrutura, tendo sido atacada por tiros de armas automáticas dos israelenses ao longo do sítio de 2002, quando palestinos procuraram refúgio em seu interior.

O muro de separação construído por Israel na entrada de Bethléem reduz o acesso dos palestinos e causa demora no transito de carros dos turistas estrangeiros. O que não conseguiu impedir, até agora, que dois milhões de pessoas visitem a Basílica da Natividade todos os anos.