A secretária de Turismo de Minas Gerais, Érica Drumond (foto), afirmou hoje, durante a Feira das Américas, no Rio de Janeiro, que os agentes de viagens “precisam acordar e perceber que o Brasil não é feito apenas de destinos sol e praia”. A frase, apesar de forte, revela uma nova estratégia do Estado, que pretende explorar os atrativos naturais e históricos de cidades como Ouro Preto, Diamantina e Congonhas para estimular não só o consumidor brasileiro, mas turistas de todo o mundo.

“Percebemos que cerca de 30% da população brasileira que costuma viajar está em busca de destinos que tenham aventura, história, religião ou cultura. Estamos trabalhando para atrair esse perfil de turista para Minas Gerais”, revelou a dirigente, que também criticou a atual estrutura de trabalho do setor no País. “Como pode um país como o Brasil disputar consumidores com outros países se não possui, sequer, produtos compostos? É preciso investir mais nessa modalidade de roteiro”, recomendou ela. Durante a entrevista coletiva, Érica revelou também que, segundo pesquisas feitas pela secretaria de turismo local, seis milhões de paulistas estão à procura de um destino que contemple outros tipos de atrativos.

“Repito: os agentes precisam abrir os olhos para isso. Nosso foco agora é buscar meios de diversificar a oferta. Estamos fazendo trabalhos em conjunto com Estados para mostrar ao consumidor, principalmente estrangeiro, que ele pode entrar por um Estado e sair pelo outro. Isso é conhecer o Brasil”, considerou ela. A última ação realizada por Minas foi em conjunto com o Ceará. As regiões participaram de workshops na França e na Itália mostrando que, utilizando rotas da Tap, o turista pode entrar pelo Ceará e sair por Minas Gerais.