Alex Souza   |   21/09/2012 20:48

Atriz, embaixador e headhunter abordam relacionamento

O médico e psiquiatra Paulo Gaudêncio, que há 35 anos atua com consultoria empresarial, mediou o penúltimo debate do Fórum Alatur, sobre o poder do relacionamento

O médico e psiquiatra Paulo Gaudêncio, que há 35 anos atua com consultoria empresarial, mediou o penúltimo debate do Fórum Alatur, sobre o poder do relacionamento.

Ele começou o painel perguntando a Denys Monteiro, diretor da empresa brasileira de headhunting Fesa, como o executivo faz para distinguir uma pessoa realmente boa para determinado cargo de uma pessoa eficiente apenas no discurso. Monteiro iniciou a resposta de maneira descontraída, dizendo que ser headhunter é um tanto ingrato pelo fato de que muitas pessoas, num dado momento da carreira, quererem ser amigo dele por aquilo que podem obter como resultado da amizade com um importante "caçador de executivos". Em seguida respondeu à pergunta de Gaudêncio: “Você não conhece uma pessoa por aquilo que ela fala, mas, sim, conversando com terceiros. Nós nos surpreendemos com o seres humanos, erramos, e só conversando com outras pessoas é que vamos saber quem alguém realmente é, que resultados produz, como ela os desenvolveu, a que custos”.

Do CEO do Proske Group, Bern Prosk, cujo filho é vice-presidente da empresa, o consultor empresarial quis saber como se dá o relacionamento dos dois na empresa, ao que Prosk respondeu: “Eu tenho uma empresa e sempre quis passar para um filho, mas nem todo filho quer trabalhar com o pai. A partir dos 14 anos dele, começaram dificuldades de relacionamento. Uma vez ele disse que queria mais dinheiro, eu respondi que não daria e que a solução é que ele teria de trabalhar. Aos 16 ele organizou a primeira viagem de incentivo, para um GP de Fórmula 1 em Mônaco, ganhou dinheiro, gostou e mais tarde quis trabalhar comigo. Hoje estamos felizes”.

Ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Rubens Barbosa revelou que os relacionamentos foram importatíssimos em sua trajetória mas lembrou também que apenas eles não são suficientes para a construção de uma grande carreira. “Eu sou de São Paulo, não tinha nenhum relacionamento no Itamaraty mas gradativamente fui conhecendo pessoas, fazendo relacionamentos que me ajudaram. Relacionamento é ponto-chave nas vidas pessoal e profissional, mas o conhecimento e competência, obviamente, são muito importante. Também há o fator sorte.”

MEIO ARTÍSTICO
Representando o meio artístico, a atriz global Letícia Sabatella disse que em sua área de atuação o relacionamento é fundamental. Particularmente, ela afirmou que encontrar pessoas no momento certo ajuda em seu processo criativo. “Em muitos momentos eu sou bastante introspectiva, mas crio muito sozinha. Encontrar pessoas me ajuda a fazer com que minhas criações criem corpo”, explica a atriz.

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