Rodrigo Vieira   |   02/07/2014 13:26

Skal reúne trade para debater e promover ações sociais

O Skal-SP reuniu autoridades do turismo e outros setores para um café-da-manhã hoje (2), na capital paulista, com a proposta de debater ações em prol da inclusão social.

O Skal-SP reuniu autoridades do turismo e de outros setores para um café-da-manhã hoje (2), na capital paulista, com a proposta de debater ações em prol da inclusão social. Compuseram o debate Elói D´Avila de Oliveira, da Flytour e do Instituto Edo, Marcos Arbaitman, da Maringá Turismo e da Associação dos Amigos da Criança pelo Esporte Maior (Amem), e Walter Teixeira, do Grupo TX e do Projeto Âncora. O secretário estadual do Desenvolvimento Social, Rogério Hamam, e a fundadora e presidente do Blue Tree Hotels, Chieko Aoki, também foram autoridades presentes no evento.

O destaque da bancada foi Elói e seu recém-criado Instituto Edo. Trata-se de uma iniciativa baseada em sua história de vida, cuja infância foi sem estudo, caçando oportunidades em pequenos empregos, como vendedor de pastel nas ruas de Porto Alegre, e depois fugindo de casa rumo a São Paulo, onde, com oito anos, tornou-se uma criança de rua. Hoje é presidente de uma das mais bem sucedidas empresas do setor, a Flytour, que completa 40 anos, fundada por ele.

“As pessoas precisam notar quando as portas se abrem. Por sorte, soube abraçar minhas raras oportunidades e é isso que desejo com o Instituto Edo: dar cidadania através da educação e do turismo”, disse Oliveira. “Não basta dar material, temos de convencer as pessoas a não desistir e ensiná-las a agarrar as oportunidades que passam à frente.”

Após tentativas de realizar mais esse sonho por meio da Flytour, Oliveira criou, com investimento próprio, o instituto, sem fins lucrativos, exclusivamente para capacitar crianças e jovens a entrar no mercado de trabalho. Em seu primeiro ano, o Instituto Edo, em Barueri (SP), possui cerca de 110 alunos divididos em três cursos com duração de um semestre. São jovens de até 21 anos, cujas famílias são sustentadas por no máximo dois salários mínimos, e que estejam cursando ou tenham terminado o ensino fundamental.

“Estamos apadrinhando esses jovens e dando currículos a eles, preparando-os para o mercado de trabalho para que sejam peças fundamentais no setor de turismo, que é um embrião no Brasil comparado com outros países”, explica. “Meu pedido é que o trade abra as portas para esses jovens em visitas técnicas. Acreditem no brasileiro.”

AMEM
Marcos Arbaitman também falou sobre seu projeto, a Associação dos Amigos da Criança pelo Esporte Maior (Amem), que chega ao 18º ano. Trata-se de uma vila olímpica de apadrinhamento de crianças carentes por intermédio da educação e do esporte. “Nesse período, já tiramos 752 crianças de condições de pobreza”, conta o presidente da Maringá Turismo, empresa que conta com 16 crianças oriundas do Amem. Arbaitman emocionou os presentes ao apresentar Ronaldo Souza, gerente do depto. de Informática da Maringá, que apareceu em um dos vídeos da associação quando ainda era criança.

PROJETO ÂNCORA
Depois foi a vez de Walter Teixeira falar sobre o Projeto Âncora, de 19 anos, que educa crianças pela oferta de atividades práticas como robótica, tecnologia, arte, esporte e outros pilares. Aproximadamente 800 crianças já foram beneficiadas com a iniciativa e atualmente conta com 200 crianças.

Os três executivos e presidentes das entidades sociais pediram ajuda do setor privado, com prioridade do turismo, para que suas ações possam continuar ajudando crianças carentes a se tornarem cidadãos.

Rogério Hamam, secretário estadual do Desenvolvimento Social, se disse emocionado com as apresentações e abriu as portas de sua secretaria. “Contem com o nosso apoio em possíveis pautas, pois é para isso que trabalhamos”, afirmou. “O setor de turismo está no meu DNA, agora estou no desenvolvimento social, e seria muito bom unir ambos, se os recursos permitirem.”

Saiba mais sobre os projetos em www.institutoedo.com.br, www.amemcrianca.org.br e www.projetoancora.org.br

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