Um samba que não empolgou a avenida (nem com o carisma de Neguinho da Beija-Flor); um enredo polêmico enaltecendo Guiné Equatorial, que há 35 anos é comandada pelo ditador Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, que, segundo a Anistia Internacional, é acusado de violações de direitos humanos, tortura e prisões arbitrárias (Mbasogo teria patrocinado a escola com R$ 10 milhões, segundo o jornal O Globo); mas um desfile impecável, feito para os jurados, com esculturas viradas para o céu, acabamentos perfeitos e fantasias luxuosas... e a Beija-Flor acabou conquistando seu 13º título, o primeiro desde 2011, quando ganhou com enredo sobre Roberto Carlos. Dois títulos homenageando “reis” bem diferentes.

O resultado dos Desfiles das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio teve ainda o Salgueiro em segundo lugar, a Grande Rio em terceiro, a Unidos da Tijuca, defendendo o título, em quarto, Portela em quinto e Imperatriz Leopoldinense em sexto. Todas elas retornam à Marquês de Sapucaí no próximo sábado, no chamado Desfile das Campeãs.

Na briga da Tijuca com a Mocidade, que levou o carnavalesco Paulo Barros da primeira, vitória da escola tijucana, que ficou em quarto, contra um modesto sétimo lugar da verde e branco.

A Unidos do Viradouro contou com o talismã Juliana Paes, mas foi rebaixada para o grupo de acesso A.

Veja fotos do desfile campeão da Beija-Flor abaixo.