Roberta Queiroz   |   29/01/2016 15:23

Rio 2016: gasto com instalações ultrapassa R$ 7 bilhões

Pela primeira vez, a matriz de 47 projetos contabiliza um custo superior a R$ 7 bilhões. Na última atualização, o valor estava em R$ 6,6 bilhões.

DA AGÊNCIA BRASIL

Nesta manhã, a Autoridade Pública Olímpica (APO) atualizou a Matriz de Responsabilidades dos Jogos Olímpicos 2016 com a conclusão de mais oito obras de instalações que receberão a competição. A matriz é um documento divulgado uma vez por semestre pela APO para o controle do andamento das obras e custos e também inclui compromissos assumidos pelo Poder Público para a realização dos jogos.

Pela primeira vez, a matriz de 47 projetos contabiliza um custo superior a R$ 7 bilhões. Na última atualização, o valor estava em R$ 6,6 bilhões. O documento afirma que 60% desses investimentos são do setor privado e 40% de recursos públicos.

O presidente da APO, Marcelo Pedroso, explicou que o aumento nos valores se deve à inclusão dos custos de projetos como o fornecimento de energia temporária, que, entre a atualização anterior e esta última, tiveram a execução contratada.

"A diferença de valor se deve aos custos relacionados à atualização de energia temporária. A gente não tinha maturidade para inserir um valor porque não estava contratada a execução do projeto", justificou Pedroso. O presidente também esclareceu que os R$ 290 milhões dos cerca de R$ 400 milhões acrescentados são oriundos desse projeto. A entrada do custeio das arquibancadas temporárias responde pela outra parte.

DINHEIRO PÚBLICO
Ainda de acordo com Pedroso, o aumento da participação dos recursos públicos no total de gastos, de 36% para 40%, já era previsto conforme a proximidade da realização dos Jogos Olímpicos.

A atualização divulgada hoje também é a primeira a definir o prazo de conclusão e o custo de todos os projetos, que ainda podem sofrer aditivos. No momento, apenas 19 dos 47 projetos foram concluídos.

OBRAS
Desde a última atualização, em 21 de agosto do ano passado, foram entregues o circuito de canoagem slalom, a pista de mountain bike, os centros olímpicos de BMX e o de hóquei sobre grama, no Complexo Esportivo de Deodoro. No Parque Olímpico da Barra, entraram na lista de obras concluídas a Arena do Futuro, a Arena Carioca 1 e o Centro Internacional de Radiodifusão (IBC). Ainda no bairro da Barra da Tijuca foi finalizado o campo de golfe.

A grande dúvida até para os jogos é a entrega do Centro Olímpico de Tênis depois da rescisão contratual entre a prefeitura do Rio de Janeiro e o consórcio responsável pela obra.

"A obra do Centro Olímpico de Tênis está em 90% de execução. Já realizamos um evento-teste na instalação, que já tem condições de uso", garantiu. Os 10% da obra que restam estão relacionados à infraestrutura temporária nas pistas externas de aquecimento e nas outras áreas de competição. O Velódromo Olímpico também foi considerado sob controle pela organização.

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