Fernanda Cordeiro   |   17/11/2016 19:16

Destination wedding segue em alta e quer 2017 sem crise

Expectativa para 2017 é de seguir crescendo; tendência surgiu em 2013 e têm crescido de lá pra cá


Emerson Souza
As organizadoras do evento, Jacqueline Dallal Mikahil, da Be Happy e Paula Raimo, do Casar São Paulo
As organizadoras do evento, Jacqueline Dallal Mikahil, da Be Happy e Paula Raimo, do Casar São Paulo
Casar em uma ilha paradisíaca ou em uma vinícola fechada somente para o evento é sonho de muitas noivas. O desejo pode se tornar realidade com os famosos destination wedding (destino para casamentos). Surgido em 2013 e de lá pra cá está em constante crescimento, o mercado motivou a realização hoje, em São Paulo, do Casar & Viajar, evento que reuniu cerca de 40 expositores e espera receber entre 150 e 200 noivos.

Segundo uma das organizadoras do evento e proprietária da agência Be Happy, Jacqueline Dallal Mikahil, a busca por este tipo de cerimônia na empresa vem apresentando um crescimento progressivo, com um aumento anual que fica entre 20% e 30%. Ela afirma que as vendas de destination wedding representam 10% do total da empresa, enquanto pacotes de lua de mel são 60% do que é vendido.

A procura por este tipo de cerimônia é impulsionada por três fatores, segundo Jacqueline. “O custo de um casamento aqui no Brasil é muito alto, com o destination wedding os noivos podem também diminuir a lista de casamento, já que nem todos terão disponibilidade ou verba para comparecer. Além disso, tem ocorrido também uma mudança no conceito das festas, que deixaram de ser super espetáculos e se tornam algo mais intimista”, aponta.

Para a diretora comercial da Casar São Paulo, Paula Raimo, o ano também foi positivo. “Apesar de tudo, o ano está muito bom e os brasileiros estão com muita propensão a casar fora, a procura por esse serviço continua crescendo. As pessoas estão deixando para se casar mais tarde, o que significa que elas têm mais verba disponível e podem pagar por algo diferente. Anualmente, o mercado de casamento movimenta R$ 18 bilhões no Brasil”, disse.
Emerson Souza
SEM CRISE

A expectativa para o próximo ano é continuar crescendo. “Para 2017 já temos oito casamento fechados e a projeção é continuar crescendo, em 2016 registramos um aumento de 10%, apesar do início ruim de ano. A ideia para o próximo ano é voltarmos a média de crescimento da empresa que é de 30% e com a economia mais estável, estamos confiantes”, comenta Jacqueline.

Já Paula, do Casar São Paulo também espera crescimento e não vê motivos para crise atrapalhar o mercado. “Nos últimos dois anos, a Casar cresceu 200% e a projeção para 2017 é continuar crescendo, assim como a procura por destination wedding tende a aumentar ainda mais. Esse tipo de serviço não é mais uma tendência, já está consolidado”.

A diretora comercial do Casar ainda acredita que há uma outra tendência para casamentos. “Nós pensamos também que muitos hotéis nacionais passarão a oferecer essa experiência do destination wedding, mesmo que modificado. Com a festa acontecendo na mesma cidade em que os noivos e convidados moram, a ideia é que todos se hospedem no hotel e o local ofereça festas, lual e integração entre as famílias”, disse Paula.

“O sonho para uma noiva não tem limite. Esse é o sonho de uma vida”, conclui Jacqueline.

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