Apesar de importantes para o setor e ao trade, as feiras voltadas ao Turismo não vivem um bom momento. Já é bastante percebido, nos mais diferentes eventos promovidos, que as grandes feiras já não são mais capazes de catalisar um grande número de expositores e visitantes como outrora. A exemplo disso, a Aviesp, ontem, chamou a atenção ao anunciar o cancelamento de sua tradicional feira de negócios.

A decisão, aliás, gerou opiniões diversas no setor. Afinal, ainda é cedo para afirmar que tenha sido ou não a correta, já que a entidade acredita que não seria capaz de capitalizar todos os recursos que seriam investidos no evento – "devido ao momento econômico difícil do País e à quantidade de eventos que acontecerão na semana da Aviesp, o que 'dividirá o público de Turismo'”, conforme argumentou o presidente da Aviesp, Fernando Santos.

No Sem Reservas, o editor-chefe da PANROTAS, Artur Luiz Andrade, destaca que muito além dos questionamentos sobre a decisão da Aviesp, ainda há incertezas sobre o atual modelo de feiras. Como exemplo, ele cita outros dos principais eventos, que também enfrentaram dificuldades e, mesmo assim, foram realizados. Andrade ressalta que "não é fácil, mas a criatividade e a vontade de mudar (para não dizer necessidade) têm criado boas alternativas".

Sobre o cancelamento da feira de negócios, Artur Andrade acredita que a associação se precipitou ou não soube buscar alternativas – afinal, mesmo passando por incertezas, a quantidade de eventos no Turismo não diminuiu, embora tenha mudado de forma.

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