A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RJ) sugeriu alterar temporariamente as regras que regulamentam a construção de mais hotéis na cidade para garantir a construção de oito mil quartos para a atender inicialmente à Copa do Mundo e, posteriormente para a Olimpíada de 2016 – caso o Rio seja eleito a cidade sede dos jogos. O objetivo é cumprir a meta da entidade de abrir 6.356 leitos em 17 novos empreendimentos apenas na capital.

Segundo o presidente da entidade, Alfredo Lopes, a crise financeira limitou a capacidade de investimentos das grandes redes. “Por causa da crise, não conseguiremos manter o crescimento médio dos últimos cinco anos de mil novos quartos por ano”, disse.

A idéia, que está sendo discutida pelo grupo de trabalho criado na segunda-feira pelo prefeito do Rio Eduardo Paes exatamente para trabalhar a questão hoteleira, é flexibilizar a legislação para a construção de hotéis de investimento (diferentes de apart-hotéis, onde o proprietário ou investidor tem liberdade total para utilizar o imóvel), como é o caso do Fasano Rio, onde a legislação garante o uso hoteleiro dos quartos. Nesse modelo, os recursos para a construção vem da venda de cotas de participação no empreendimento. “É uma forma de financiamento para esses novos empreendimentos e garante o aporte da iniciativa privada”, explicou. Lopes ressalta que a flexibilização será “limitada para apenas oito mil quartos e que sejam garantidos para a Copa de 2014”, “para não comprometer o desenvolvimento da hotelaria”.