Felipe Niemeyer   |   14/09/2009 18:15

BR oferece condições de investimentos em hotelaria?

BR oferece condições de investimentos em hotelaria?

O presidente da HVS, Steve Rushmore, apresentou hoje, durante o Sahic, no Rio de Janeiro, os cenários globais da hotelaria que mostram, diferente da América Latina, um mercado em recessão, com quedas de RevPar, diárias médias e ocupação e com grande problemas de liquidez e financiamento. “O impacto deu-se, principalmente nos segmentos de luxo, convenções, grupos e corporativo”, explicou ele ressaltando que, embora com o mercado em queda, a maioria não apresenta guerra tarifária. “Entende-se que a queda da tarifa não induz demanda”, disse.

Ainda de acordo com ele, “os sobreviventes desse momento de crise vão prosperar, principalmente os que investirem em fortalecimento da estrutura física e operacional”. “Há uma grande oportunidade de compras e transações que poderão gerar uma reposição de custo até 40% maior com a estabilização do mercado. Por isso é importante fortalecer a posição neste momento”, disse Rushmore.

No painel com líderes do setor hoteleiro, foi destacada a posição privilegiada do Brasil em relação a outros mercados globais. Segundo o CEO da Accor para a América Latina, Roland de Bonadona, no Brasil, a rede apresentou números positivos não só em termos operacionais como em desenvolvimento. “Mesmo com a pressão do mercado (diga-se concorrência) sentimos uma melhora do setor na américa do Sul”, disse. Nos EUA a expectativa de recuperação do mercado, por exemplo, só deve acontecer a partir de 2011.

De acordo com Bonadona, ao contrário da tendência mundial de queda no RevPar, no Brasil há crescimento, influenciado, principalmente pela demanda doméstica. “E a pressão do mercado, com poucas aberturas de hotéis, também ajuda”, diz.

Já o vice-presidente Senior da Hilton, Ted Middleton, avalia que os mercados econômico e mid scale foram os menos impa todos pela crise. No Brasil, mais especificamente, segundo o CEO da Accor, há um crescimento forte da demanda doméstica que utiliza hotéis econômicos e mid scale, o que tem motivado investimentos nesses segmentos. “A classe média cresceu muito no País. Há um mercado de 120 milhões de clientes a ser explorado”, avalia.

Middleton afirma que o que atrai novos investimentos são as perspectivas de demanda sustentada, políticas econômicas estáveis que estimulem o setor, financiamentos adequados e regras de regulamentação claras. “O Brasil está criando condições mais estáveis para investimentos”, disse.

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