Artur Luiz Andrade   |   14/05/2013 12:35

Accor desenha estratégia de segurança para a Copa

Na semana passada, a Accor reuniu, no Novotel São José dos Campos (SP), 130 profissionais de áreas estratégicas, para seu primeiro Workshop Estratégico de Vendas, Marketing e Distribuição. O objetivo era iniciar as preparações práticas para a Copa do Mundo de 2014

Na semana passada, a Accor reuniu, no Novotel São José dos Campos (SP), 130 profissionais de áreas estratégicas, para seu primeiro Workshop Estratégico de Vendas, Marketing e Distribuição. O objetivo era iniciar as preparações práticas para a Copa do Mundo de 2014, com foco na área de riscos e segurança. A Accor possui uma estrutura fixa de Gestão de Riscos e um programa que já funciona para prevenir nas ocorrências do dia a dia. Mas, segundo Otavio Novo, gerente de Segurança e Riscos, um evento como a Copa traz novos riscos, como o terrorismo, os ladrões oportunistas e mesmo o fato de lidar com torcidas apaixonadas. Daí a necessidade de uma preparação especial.

“Vamos reforçar alguns procedimentos, criar outros novos, seguir as recomendações da Fifa e ainda trabalhar em conjunto com as secretarias públicas de Segurança. É um evento complexo que exige uma operação afinada”, disse ele ao Portal PANROTAS. A Accor trabalha com 35 empresas privadas de segurança no Brasil e está em um processo de homologação de cada uma delas. “Cinco já passaram por essa avaliação, representando 55% dos nossos contratos. Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram os primeiros Estados em que implantamos esse novo método de parceria”, explicou Novo. A rede também está criando comitês regionais, em parceria com a hotelaria local e com as secretarias de Segurança.

O workshop foi liderado pelo COO da Accor para a América Latina, Roland de Bonadona. Segundo ele, para a Copa a Accor terá 110 hotéis nas cidades-sede, totalizando 22 mil quartos. “Nessa época, 80% da demanda virá da Copa, por isso temos de estar bem preparados. A imagem do Brasil e da rede estarão com maior visibilidade e qualquer problema será espalhado para todo o mundo. Estamos nos preparando, mas esperamos que nada aconteça e que tudo corra bem”, afirmou Bonadona.

A Accor fechou 2012 com média de 71% de ocupação (em 170 hotéis). A expectativa para este ano é de manter os 71%. Para o ano da Copa do Mundo, Roland de Bonadona acredita que a ocupação média subirá um ponto percentual, sendo que no mês do evento as taxas estarão bem altas. “Durante o evento, desaparece nosso cliente tradicional e aparece um diferente, o torcedor, o patrocinador, o organizador da Copa”.

A Accor tem 40% de seu inventário para a Copa vendido para a Match, e outros 40% negociados com operadores internacionais. Os 20% restantes são para os clientes tradicionais da rede. Bonadona acredita que a imprensa credenciada pela Fifa irá usar os hotéis Mercure em todo o Brasil e que o Sofitel Rio de Janeiro seja o hotel oficial da organizadora da Copa.

“A Match é muito organizada e profissional. Não acontecerá o que houve na Rio+20, que não foi bem organizado”, finalizou o COO da Accor na América Latina.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.