Claudio Schapochnik   |   06/08/2013 16:52

Gastronomia da Fazenda Capoava, em Itu, é brasileiríssima

A Fazenda Capoava, estabelecimento associado à Associação Roteiros de Charme e situada em Itu (a 90 quilômetros da capital paulista), leva a sério a gastronomia nacional. “A nossa cozinha é brasileira”, define a diretora operacional da casa, Deborah Ancona de Almeida Prado

A Fazenda Capoava, estabelecimento associado à Associação Roteiros de Charme e situada em Itu (a 90 quilômetros da capital paulista), leva a sério a gastronomia nacional. “A nossa cozinha é brasileira”, define a diretora operacional da casa, Deborah Ancona de Almeida Prado. E, humildemente completo, afirmando que é também saborosa, colorida, tradicional e criativa ao mesmo tempo.

Quem põe em prática essa filosofia dos proprietários em relação à gastronomia é a dupla Edson de Souza, o Edinho, cozinheiro chefe, e Arthur Marques, chef executivo. Marques, Edinho e toda a equipe de profissionais da cozinha da Capoava preparam, com carinho e esmero, pratos tradicionais brasileiros e outras opções com toques de brasilidade.

Na estada do PanHotéis na Fazenda Capoava, neste final de semana de 3 e 4 de agosto, a reportagem provou e se deliciou com alguns opções, sobretudo as salgadas. E mais: além de saborosas, as sugestões quentes estavam realmente quentes e muito bem apresentadas.

Nesse final de semana, houve, entre outras opções: feijoada; pacu assado; cuscus paulista; canja de galinha; mandioca e polenta fritas; batidas de limão e caju; arroz com brócolis; doces de cidra e de mamão verde; caldinho de feijão; purê de mandioquinha (batata baroa em outros Estados); carpaccios de chuchu sobre cama de cenoura, de abacaxi com sementes de maracujá e de beterraba com gergelim; leitoa assada; e um prato típico do Centro-Oeste, até então desconhecido para mim: o caribéu. Trata-se de um cozido de mandioca e carne seca, com temperos e polvilhado com cebolinha.

Alguns pratos provados, no entanto, precisavam de mais sal. A pimenta, para um louco pelas mais ardidas, poderia ser mais quente, mais picante. O sal dá para corrigir ao paladar à mesa. A pimenta, não. São apenas duas observações.

Outro fator singular foi que os profissionais da cozinha, tirando os hors concours (Marques e Edinho), sabiam explicar o que era e o que continha cada prato.

Em relação às bebidas alcoolicas, a brasilidade continua sendo exercida. “Nossa carta de vinho somente reúne rótulos nacionais”, afirma Deborah. “Foi elaborada pela sommelier especializada em vinhos brasileiros, Sônia Denicol.”

A carta oferece dezenas de opções, cada uma definida geograficamente: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e região do rio São Francisco, entre outras.

As cachaças da Capoava são apenas as produzidas no Estado de São Paulo.

Em relação às receitas, muitas são patrimônio familiar – e de gerações passadas. A avó de Deborah, a vó Lucy – como é chamada carinhosamente Lucy de Andrade Machado, de 92 anos, lúcida e muito simpática –, é autora de um precioso livro de receitas.

Na Fazenda Capoava, estão inclusos na diária quatro refeições: café da manhã, almoço, chá da tarde e jantar. O almoço aos sábados e domingos é aberto a não hóspedes também mediante reserva.

Ah... No café da manhã havia pão de queijo e catupiry, entre várias opções. Que itens tão brasileiros e altamente complementares...

É impossível deixar de engordar após um final de semana por lá. Mas o estômago e a mente, com essa aula de gastronomia nacional, agradecem.

Clique em "+Fotos" e veja mais pratos.

O PanHotéis hospedou-se a convite da Fazenda Capoava

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