Produzida no interior fluminense, a Cachaça da Quinta acaba de entrar no mercado de São Paulo. A bebida chegou às prateleiras de mercados de luxo como St. Marche e o Empório Santa Maria, além de fazer parte da carta de bebidas de restaurantes como o Le Entrecôte de Paris, Mr. Baker e Les Trois Brasser.

Em 2013, a cachaça se tornou a primeira bebida brasileira a receber o prêmio máximo no Concurso Mundial de Bruxelas, considerado o Oscar do setor, e viu as vendas crescerem em 20%. Na ocasião a cachaça desbancou 800 destilados de diversos países, como uísques, vodcas, conhaques e tequilas, entre outros.

Sócia-proprietária da Fazenda da Quinta, onde a branquinha é produzida, Kátia Alves Espírito Santo está à frente do negócio desde 2003 e foi responsável pela reformulação da bebida, produzida desde 1923 na fazenda de sua família em Carmo. Recentemente foi implantada na fazenda uma produção ecológica e sustentável, com cachaça feita sem aditivos químicos.

Já são cerca de 120 mil garrafas por ano, todas feitas sem adubos industriais, agrotóxicos ou queima de palha – a energia vem de uma antiga roda d´água e moenda. Parte do bagaço é ainda usada como combustível da caldeira. O vinhoto, subproduto muito poluente para os rios, virou complemento orgânico na alimentação do gado. A destilação da Cachaça da Quinta é precisa e lenta em alambique de cobre, com longa permanência em túneis de madeira.