Hugo Okada   |   11/05/2015 12:23

Luxo e upscale têm melhores resultados da hotelaria em 2014

Segundo o Panorama da Hotelaria Brasileira, publicação anual da Hotel Invest e da HVS, os hotéis de luxo e upscale do Rio de Janeiro e São Paulo foram os mais beneficiados pela Copa do Mundo e também foram os que obtiveram os melhores resultados do setor em 2014. A receita por apartamento desses hot

Segundo o Panorama da Hotelaria Brasileira, publicação anual da Hotel Invest e da HVS, os hotéis de luxo e upscale do Rio de Janeiro e de São Paulo foram os mais beneficiados pela Copa do Mundo e também foram os que obtiveram os melhores resultados do setor em 2014. A receita por apartamento desses hotéis (Revpar) teve aumento de 10,9% no Rio, e 10,3% em São Paulo - em relação a 2013.

Os resultados foram alcançados pelo aumento das diárias médias praticado no período, de 12,9% e 7,6%, respectivamente.

“Apesar do momento econômico desfavorável, os hotéis sofisticados dos principais mercados do País têm apresentado excelente desempenho, o que mostra uma pressão de demanda no segmento”, diz o sócio-diretor da Hotel Invest e diretor geral da HVS South America, Cristiano Vasques.

Em contrapartida ao bom desempenho nos segmentos luxo e upscale, hotéis econômicos e midscale do Rio de Janeiro registraram queda de 4,3% no Revpar e diminuição de 5,9% na taxa de ocupação, deviso principalmente à abertura de novos hotéis na cidade.

O resultado nesta categoria poderia ter sido pior caso os hoteleiros não tivessem conseguido reajustar as diárias (1,6%) devido à Copa do Mundo. Em São Paulo, o segmento econômico registrou desempenho modesto com queda de diária média e Revpar (3,6% e 2,7%, respectivamente).

PERSPECTIVAS
No Rio de Janeiro, o setor hoteleiro está sendo afetado pela crise que atinge a indústria de óleo e gás, reduzindo a demanda corporativa e de eventos. Além disso, o mercado será pressionado pela abertura de novos empreendimentos. Este ano estão previstos 16 novos hotéis com cerca de quatro mil quartos. Deste total, 70% estará concentrado na Barra da Tijuca. O crescimento expressivo aliado a um momento econômico desfavorável deve ocasionar queda de ocupação e pouca margem para aumento de tarifas.

De acordo ainda com o estudo, São Paulo deve ter desempenho estável em 2015. A cidade não deve sofrer o impacto da abertura de novos hotéis e espera-se que a demanda permaneça similar a de 2014. Isso deve manter um bom patamar nas taxas de ocupação.

“A diária média deverá aumentar em linha ou até abaixo da inflação, tendo em vista negociações corporativas mais acirradas”, observa Vasques.

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