Hugo Okada   |   10/09/2015 15:22

ABIH propõe desoneração tributária para o setor do turismo

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Nerleo Caus, entregou ontem (9) ao senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) durante solenidade realizada em Brasília, uma minuta que propõe a desoneração tributária e fiscal da cadeia produtiva do Turismo no Brasil e processo de legalização dos

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Nerleo Caus, entregou ontem (9) ao senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) durante solenidade realizada em Brasília, uma minuta que propõe a desoneração tributária e fiscal da cadeia produtiva do Turismo no Brasil e processo de legalização dos sites de Airbnb e operação de condo-hotéis. Segundo Caus, em entrevista concedida hoje à PANROTAS, “com a ação, damos um primeiro passo para resolver questões fundamentais que permeiam o turismo no País, a fim de melhorar o setor e eliminar ameaças externas que impedem o progresso da atividade no Brasil”.

Segundo o presidente, a minuta entregue ontem ao senador Ferraço, que também é relator na questão da legalidade do Uber (aplicativo que proporciona ligação entre motoristas e usuários), pede uma alteração na Lei Geral do Turismo, fazendo com que empreendimentos e sites que oferecem hospedagens alternativas sejam legalizados e passem a cumprir com os mesmos deveres da indústria hoteleira do País.

Além dessas questões, também estão presentes no documento, o pedido de incentivos para a promoção do turismo interno, divulgando outros destinos e potencializando o mercado de viagens dentro do País. “Hoje assistimos a uma espécie de colonialismo tributário acontecendo no Brasil. Basta analisar os dados: em 2014, brasileiros gastaram R$ 25 bilhões em compras no Exterior. Segundo dados de uma pesquisa feita pelo Senac, aproximadamente 109 milhões de brasileiros ascenderam à classe C, e apenas 4% desse total adotaram o hábito de viajar. Isso acontece porque no Brasil tudo ainda é muito caro, desde tarifas, alimentação e meios de transportes, essenciais para o exercício do turismo”, explica Caus.

LEGADO
“Cerca de 40% do custo de um voo é relacionado a combustível. Temos de elaborar ações concretas que abordem isso de forma diferenciada, há de se ter uma desoneração fiscal e tributária para que o mercado possa se aquecer, aumentando o número de turistas que viajam pelo Brasil. Outro dado alarmante é o que mostra que 70% da concentração dos fluxos estão concentrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Distrito Federal, Porto Alegre e Pernambuco. Isso é incoerente em um País cheio de belezas e destinos que merecem atenção. Temos de criar privilégios para a fomentação do turismo interno, essa é a minha proposta e quero que seja o meu legado enquanto presidente da ABIH”, reforça o executivo.

ECONOMIA COMPARTILHADA
“A economia compartilhada veio para ficar. Isso não é modismo, é uma tendência cultural e remete ao início da civilização, quando compartilhávamos tudo. A propriedade começa a entrar em obsolescência, as pessoas estão priorizando relações, querem conhecer outras pessoas. Esta novidade deve ser levada a sério à medida em que a sociedade vai mudando e escolhendo novos caminhos. Não temos nada contra as hospedagens alternativas, não nos cabe rechaçar e sim acolher, desde que venha em sentido de legalidade, para somar, de acordo com a legislação de nosso País”, finaliza o presidente.

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