Renato Machado   |   12/05/2016 18:38

Hostels no Brasil cresceram 533% nos últimos 5 anos

A geração Y está revolucionando o mercado de hostels mundialmente. De acordo com estudo sobre tendências realizado pela Phocuswright e divulgado pela Hostelword, plataforma online de reservas, o público nascido nas décadas de 80 e 90 vem trazendo grandes resultados para mercados em expansão. É o ca


Divulgação
Che Lagarto Hostel, em Foz do Iguaçu
A geração Y está revolucionando o mercado de hostels mundialmente. De acordo com estudo sobre tendências realizado pela Phocuswright e divulgado pela Hostelword, plataforma on-line de reservas, o público nascido nas décadas de 80 e 90 vem trazendo grandes resultados para mercados em expansão. É o caso do Brasil, que em cinco anos cresceu mais do que cinco vezes o número de estabelecimentos disponíveis na Hostelworld.

Ao longo dos anos, hostels se tornaram sinônimo de hospedagem barata e com poucos recursos. Por muito tempo essa foi a realidade. No entanto, estudos como este mostram que a indústria vem se aperfeiçoando e se adequando às demandas do público frequentador. Essas exigências culminaram no aumento do número de quartos-dormitório. De acordo com o estudo, 90% dos hostels disponíveis na Hostelworld também disponibilizam quartos privados – segundo a Phocuswright, atualmente existem mais dormitórios privados do que compartilhados na rede.

Jovens nascidos nas décadas de 80 e 90 são, em geral, o tipo de gente a se encontrar nestas hospedagens (70% do total). A chamada geração Y prioriza cada vez mais as interações sociais e aventuras compartilhadas com novos amigos em comparação com a média da população viajante.

A pesquisa mostrou que os viajantes que se hospedam em hostels realizam mais viagens em todos os mercados do que qualquer outro tipo de turista e eles são mais propensos a ir para o Exterior. Se engana quem acredita que é um público que vai acrescentar pouco à economia. O estudo mostra que, mesmo com uma renda média global menor, o público de hostel gasta em níveis semelhantes ou até maiores do que a população viajante em geral e costumam ficar mais tempo nos locais que visitam.

Apesar de mais abertos a experiências alternativas, eles exigem certos confortos em troca. Por isso, cresce o número de hostels que fornecem wi-fi gratuito, comida e bebidas no local, serviços de limpeza diária, eventos sociais, aluguel de bicicletas, bibliotecas e salas de TV. Avalia-se que atualmente a indústria represente US$ 5,2 bilhões em receita de hospedagem.

"É surpreendente o quanto a indústria dos hostels tem se transformado nos últimos cinco anos", afirma o CEO do Hostelworld, Feargal Mooney. "Hoje, estamos vendo alojamento em hostels de luxo oferecendo o equilíbrio perfeito de privacidade, conforto e atividades sociais. O perfil demográfico dos viajantes da geração Y é perfeito para hostels uma vez que os jovens estão gastando mais de seu tempo vendo o máximo possível do mundo. Os hostels permitem encontros casuais, que coisas aventureiras aconteçam em mais lugares e permitem que os viajantes obtenham hospedagem com um excelente preço/qualidade", diz.

NO BRASIL
De acordo com o estudo, o Brasil notou crescimento de 533% nos últimos cinco anos. No total, o catálogo brasileiro de hostels da plataforma é composto por mais de 750 estabelecimentos. O mercado latino americano representa 18% do total de hostels disponíveis na plataforma, compondo 9% da receita global.

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