Três mulheres foram presas na última quinta-feira (8), na França, suspeitas de estarem planejando um atentado terrorista na estação ferroviária Gare de Lyon, em Paris. A informação foi confirmada hoje pelo presidente François Hollande.

Hollande, apesar de elogiar o trabalho dos investigadores, alertou que outros grupos extremistas ainda podem estar à solta. "Um grupo foi neutralizado, mas há outros. Um atentado foi frustrado", afirmou.

A investigação do caso teve início quando autoridades apreenderam um veículo que portava seis botijões de gás, próximo a Notre Dame. As autoridades do país tiveram a informação de que o carro foi deixado pelas mulheres como para reivindicar a morte de Abu Muhammad al-Adnani, considerado pelos serviços de inteligência ocidentais como o "ministro de atentados" do Estado Islâmico, que foi provocada por ataques aéreos contra o grupo jihadista na Síria no fim de agosto.

Ainda de acordo com os investigadores, a motorista do carro, detida ontem, foi identificada apenas como Ines e tem 19 anos. Ela havia jurado fidelidade ao grupo extremista há alguns meses. Além disso, uma das mulheres presas também era ligada a Larossi Abballa, extremista que matou um casal de policiais no dia 14 de junho em Magnaville, enquanto a terceira tinha ligação com Hayat Boumedienne, a companheira de Amedy Coulibaly, que realizou um ataque contra um mercado em Paris em janeiro do ano passado.