Leonardo Ramos   |   31/01/2017 12:08

Mais empresas declaram apoio a imigrantes nos EUA

Empresas como Uber, Airbnb, Starbucks e Google disponibilizam suporte e apoio à imigrantes prejudicados pelas recentes decisões anti-imigrantistas do novo presidente norte-americano, Donald Trump

Gage Skidmore/Flickr
Os polêmicos decretos anti-imigrantes assinados por Donald Trump na última semana ainda devem gerar muita repercussão: após os protestos em aeroportos devido a suspensão da entrada de cidadãos de sete países nos EUA, agora grandes empresas e corporações decidiram adotar políticas de apoio à imigrantes no país; entre elas Uber, Airbnb, Starbucks e Google, cujos CEOs anunciaram auxílio aos prejudicados pelas medidas do novo presidente.

Uma das primeiras a declararem apoio aos imigrantes foi a rede Starbucks: o CEO da empresa, Howard Schultz, afirmou que a empresa irá contratar cerca de dez mil refugiados em todo o mundo, e no país norte-americano dará preferência aos imigrantes que serviram nas Forças Armadas. Ressaltou ainda que fará o máximo para que outras medidas tomadas pelo presidente norte-americano, como o aumento de impostos sobre produtos mexicanos, não afetem a cadeia de cafeterias e seus funcionários.

“Existem mais de 65 milhões de cidadãos do mundo reconhecidos como refugiados pelas Nações Unidas e nós estamos desenvolvendo planos de contratar 10 mil deles em 75 países onde a Starbucks faz negócios", afirmou Schultz; "nós somos todos obrigados a assegurar que nossos políticos eleitos nos ouçam individualmente e coletivamente. A Starbucks está fazendo a sua parte", completou.

Já o Google optou por fazer doações a entidades que apoiam imigrantes: a companhia criou um fundo de US$ 4 milhões, sendo metade fruto de doações de funcionários da empresa. Segundo o CEO da empresa Sundar Pichai, mais de 100 funcionários foram afetados pela decisão de Trump, e todos receberam a recomendação do executivo de retornar imediatamente a solo norte-americano e contatar a companhia para receber auxílio.

Por fim, a Uber já afirmou que defenderá todos os motoristas da companhia afetados pelas medidas: um fundo de defesa legal de US$ 3 milhões foi criado para a tarefa, e o CEO Travis Kalanick ressaltou que a companhia irá pressionar o governo estadunidense à devolver o direito de viajar aos cidadãos americanos, independentemente de sua origem. Kalanick, no entanto, foi criticado recentemente por ter um relacionamento próximo a Trump e levar a Uber a se aproveitar de um protesto de taxistas contra a medida do presidente, levando diversos passageiros ao aeroporto JFK.

Ontem, já havia sido noticiado que a Airbnb e o governo do Canadá forneceriam ajuda a imigrantes que ficaram no "limbo jurídico" criado pelo decreto de Trump, após chegarem nos Estados Unidos e não serem autorizados a entrar no país.


*Fonte: Agência Brasil

conteúdo original: http://bit.ly/2jNZvHZ

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados

Avatar padrão PANROTAS Quadrado azul com silhueta de pessoa em branco ao centro, para uso como imagem de perfil temporária.

Conteúdos por

Leonardo Ramos

Leonardo Ramos tem 1844 conteúdos publicados no Portal PANROTAS. Confira!

Sobre o autor

Colaboração para o Portal PANROTAS