Marcos Martins   |   02/08/2017 14:35

União Europeia: filas são o preço a pagar pela segurança

Atrasos no controle de passaporte em alguns aeroportos europeus duram até quatro horas

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Atrasos duram até quatro horas
Atrasos duram até quatro horas
Aeroportos da Europa têm recebido diversas reclamações e pedidos para aumentar o número de funcionários no controle de passaporte, devido atrasos de até quatro horas no embarque. Novas medidas de segurança foram adicionadas após ataques terroristas em Bruxelas, Bélgica, e Paris, França, onde os autores utilizaram passaportes da União Europeia. As regras aplicam-se a países da zona não-Schengen, como a Grã-Bretanha, de modo que os atrasos afetam, principalmente, os viajantes do Reino Unido.

“Nós não podemos ter de um lado um pedido conjunto dos Estados membros para ter mais verificações e controles para aumentar a segurança e, ao mesmo tempo, queixas sobre períodos de espera mais longos”, diz a porta-voz da Comissão Europeia, Mina Andreeva. “Um deles é o preço para o outro. A implementação das novas regras é de responsabilidade dos Estados membros”, completa.

O jornal britânico The Times informou que o Aeroporto de Palma de Maiorca, Espanha, vai aumentar o número de funcionários no controle das fronteiras. A decisão foi tomada depois que inúmeros passageiros ficaram presos em filas quase quilométricas. Segundo o veículo, alguns funcionários de fronteiras da UE levam até dez minutos para verificar cada pessoa.

A Airlines UK, uma associação que representa companhias aéreas como British Airways e Easy Jet, disse que as suas advertências em maio passaram despercebidas. O presidente-executivo da empresa, Tim Alderslade, disse ao The Times que pediu para o governo persuadir "os Estados membros de Schengen a operar adequadamente nas fronteiras".

“Isso não aconteceu até agora e os passageiros, a maioria do Reino Unido, estão sofrendo como consequência”, reclama o executivo. Aeroportos em Munique, Berlim, Amsterdã, Málaga, Nice, Barcelona e Madrid têm recebido queixas de longas filas nas redes sociais.


*Fonte: Travel Weekly

conteúdo original: http://bit.ly/2uYATTr

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