Artur Luiz Andrade   |   05/11/2010 12:34

Consolidadores criam RAV padronizada. Entenda

Padronizar os procedimentos. Esse é o objetivo do sistema (amigável e bem similar ao que os agentes já estão acostumados ao comprarem em uma consolidadora) que Advance, Ancoradouro, Esferatur, Flytour, Gapnet e Rextur desenvolveram

Padronizar os procedimentos. Esse é o objetivo do sistema (amigável e bem similar ao que os agentes já estão acostumados ao comprarem em uma consolidadora) que Advance, Ancoradouro, Esferatur, Flytour, Gapnet e Rextur desenvolveram e lançaram para que o agente de viagens cobre a RAV de seu cliente. "Lutamos contra, ainda somos contra a comissão zero, mas não podemos deixar que, após o anúncio de Air France-KLM e Alitalia, que cortaram a comissão, nossos clientes se deparem com vários procedimentos e regras. Por isso nos unimos e criamos esse modelo de RAV, de remuneração, padronizado e mais econômico para o agente de viagens", explica Marcelo Sanovicz, da Advance.

A RAV padronizada será utilizada para a compra nas empresas aéreas estrangeiras que operam no País, já que as nacionais (incluindo Tam e Gol no internacional), adotaram o modelo de DU, previsto no acordo com a Abav — com uma só transação no cartão de crédito. O que os consolidadores desejavam é que a Tasf fosse como a DU, mas o modelo apresentado pela Iata não satisfez nenhum deles e ainda não está pronto. No modelo Iata, além de um valor que a agência teria de pagar à associação das aéreas, havia a necessidade de duas transações no cartão de crédito (por exemplo, US$ 1 mil para a passagem e US$ 70 para a Tasf, já que o índice adotado e sugerido pela Tam é de 7%), sendo que a agência também arcaria com os 3,5% de taxa do cartão de crédito na segunda transação.

CARTÃO DUAS VEZES
Na RAV criada dos consolidadores, a questão das duas cobranças de cartão de crédito continua, mas o processo está padronizado e traz vantagens: não há a taxa que seria paga à Iata pela administração da Tasf, a remuneração é devolvida pelos consolidadores no mesmo prazo atual do BSP (nos pagamentos com cartão, claro), e mesmo quem não é cliente das consolidadoras pode aderir ao modelo e efetuar as transações de cartão de crédito diretamente com as aéreas.
"O que buscamos, dentro de nosso conhecimento e autonomia, foi trazer facilidades para que o impacto da medida fosse a menor possível e tanto o agente quando o consumidor assimilem bem a mudança, daí a importância da padronização e da sugestão de 7% para a cobrança da RAV", explica Rui Alves, da Gapnet.

7%
Por que 7%? É uma sugestão baseada em alguns princípios e fatos: é a comissão anterior (6% no internacional) mais 1% para absorver a taxa do cartão de crédito e outros custos que a comissão zero acarreta; é o índice cobrado pela Tam na venda direta; e evita uma guerra de RAV que pode prejudicar o mercado e confundir os consumidores. "Achamos que é a remuneração necessária para o agente sobreviver. Cobrar menos que isso é inviável. Por isso quando os agentes acessam o sistema já vem com o índice de 7%, que ele pode alterar, mas não recomendamos", diz Juarez Cintra Filho, da Ancoradouro.

Na fatura do cartão de crédito do cliente, a RAV virá com a denominação "agência de viagens". No caso do pagamento em dinheiro, o agente já retém a sua remuneração.

Veja a reportagem completa na próxima edição do Jornal PANROTAS — ainda hoje no Portal PANROTAS em sua versão digital, ou na próxima semana, circulando em todo o País.

Quer receber notícias como essa, além das mais lidas da semana e a Revista PANROTAS gratuitamente?
Entre em nosso grupo de WhatsApp.

Tópicos relacionados

Foto de Artur Luiz Andrade

Conteúdos por

Artur Luiz Andrade

Artur Luiz Andrade tem 18750 conteúdos publicados no Portal PANROTAS. Confira!

Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.