Gabriel Guirão   |   11/11/2010 17:02

Kaká pressiona Anac para fiscalizar aéreas

O presidente da Abav Nacional, Carlos Alberto Amorim Ferreira, o Kaká, aplaudiu a atitude das autoridades reguladoras da União Europeia em multar, em US$ 1,1 bilhão, 11 empresas aéreas por cobrar de forma coordenada tarifas de combustível e de segurança.

O presidente da Abav Nacional, Carlos Alberto Amorim Ferreira, o Kaká (foto), aplaudiu a atitude das autoridades reguladoras da União Europeia em multar, em US$ 1,1 bilhão, 11 empresas aéreas por cobrar de forma coordenada tarifas de combustível e de segurança. Para o executivo a Anac deveria seguir o exemplo e zelar pelo desempenho e pela eficiência dos serviços aéreos prestados, defendendo o consumidor.

“No Brasil, são recorrentes as condutas conjuntas das companhias aéreas que prejudicam o consumidor. Alguém já viu, por exemplo, uma companhia aérea informar o número de assentos disponíveis quando anunciam a venda de passagens a preços irrisórios? Isso é propaganda enganosa. O mesmo problema se repete para quem quer emitir passagens por meio de milhagem. A Anac não se posiciona e quem está sendo prejudicado é o consumidor”, enfatizou Kaká.

O presidente da Abav alerta ainda para a falta de compromisso das empresas aéreas que diminuem significativamente o valor dos bilhetes para lotar os voos e fazer caixa, mas, inúmeras vezes, não conseguem atender a demanda, provocando cancelamentos de voos e deixando os passageiros no chão.

“Já assistimos a este filme algumas vezes, quando a companhia aérea alega um aumento súbito de passageiros e falta de tripulação para operar os voos, gerando cancelamentos. A própria instalação de juizados especiais nos aeroportos é um reconhecimento de que os passageiros não estavam sendo atendidos, além de ser uma medida inócua, uma vez que nada é resolvido. Não por acaso sete dos dez juizados criados foram fechados. O que os passageiros querem é, simplesmente, usufruir do produto comprado e decolar no dia e horário previsto.”

O presidente lembra ainda que a diferença no preço final das tarifas nos diversos canais de venda também causa danos aos consumidores. “Mais de 30 milhões de brasileiros ingressaram na classe média brasileira nos últimos anos e estes viajantes de primeira viagem precisam da orientação de um agente de viagens. Porém, para ter esse suporte, o cliente irá pagar mais caro. Estamos falando de um serviço que é concessão do Governo que, por sua vez, deveria garantir o acesso do consumidor à tarifas de forma igualitária, seja qual for o canal de venda”, finalizou.

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