Alex Souza   |   24/11/2012 12:45

Turismo acessível é mercado de 45 milhões de pessoas

O segundo painel de hoje do congresso do Festival do Turismo de Gramado abordou a acessibilidade no turismo. O primeiro a

GRAMADO – O segundo painel de hoje do congresso do Festival do Turismo de Gramado abordou a acessibilidade no turismo. O primeiro a falar foi Wilken Souto, coordenador geral de Segmentação do Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico Ministério do Turismo, que trouxe o dado de que este é um mercado de 45 milhões de pessoas. “Pois acessibilidade atende pessoas como idosos, gestantes, crianças, pessoas com baixa estatura”.

Carlos Alberto Tavares Toledo, diretor do departamento de Turismo e Cultura de Socorro, município paulista modelo em turismo acessível, disse que inclusão social não é caridade ou um ato de bondade, mas também um grande negócio. “A questão mercadológica é muito importante. Este é um mercado cujo número de pessoas ultrapassa a população total de países como a Argentina”, pontuou. De acordo com ele, a opção por trabalhar Socorro como um destino turístico acessível, foi também por questão de diferencial competitivo. “No Brasil há muitos outros destinos de ecoturismo como o nosso. Tínhamos de ter um diferencial e aí resolvemos trabalhar com acessibilidade.”

Ricardo Shimosakai, diretor da Turismo Adaptado e militante da área, também abordou o turismo acessível por meio do viés de mercado – segundo ele, turistas com necessidades especiais gastaram US$ 14 bilhões nos Estados Unidos em 2002. Sobre o modo como equipamentos turísticos no Brasil se preparam para o turista com mobilidade reduzida, Shimosakai contou uma história interessante: “Muitos hotéis se dizem acessíveis. Uma vez eu fui em um que tinha no quarto um banheiro maravilhoso, todo ele acessível. Mas eu não conseguia entrar nele, pois minha cadeira não passava pela porta....”

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