Artur Luiz Andrade   |   09/04/2013 11:40

Em 2023, mundo terá mais turista chinês que americano

A Time to Leadership/Tempo de lideranças é o tema da 13a edição do Global Summit, promovido pelo WTTC. O evento, que ocorre em Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos, reúne lideranças mundiais do turismo

ABU DHABI – A Time to Leadership/Tempo de lideranças é o tema da 13a edição do Global Summit, promovido pelo WTTC. O evento, que ocorre em Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos, reúne lideranças mundiais do turismo, tanto do setor público quanto privado, que comprovam, em suas participações, a necessidade de haver líderes em cada segmento, em cada mercado ou destino, em cada país. Isso para que, em um momento de mudanças e oportunidades, que um dos palestrantes chamou de “nova Renascença”, vivida globalmente, o turismo não perca a chance de se consolidar como a maior indústria, que mais faz bem ao planeta, o que significa também a que menos devasta seus recursos naturais. Outro palestrante destacou, no entanto, que as oportunidades e mudanças podem ser boas para a indústria como um todo, mas não para qualquer negócio, portanto, analisar a individualidade de cada empreendimento/empresa é importante também.

Segundo dados da WTTC, a indústria de viagens e turismo no mundo cresceu, em 2012, mais que os setores de manufaturados, varejo, serviços financeiros e comunicações. O presidente do WTTC, David Scowsill, ao abrir o evento, no centro de convenções do Jumeirah at Etihad Towers, lembrou que o turismo representou 9% do PIB mundial no ano passado, um crescimento de 3% sobre 2011 e que pela primeira vez um em cada 11 empregos vem dessa indústria. A previsão é chegar a 2023 a um em cada dez. No ano passado foram 260 milhões de empregos, cinco milhões novos, e em dez anos haverá a criação de mais 70 milhões, chegando a 330 milhões de trabalhadores diretamente empregados. Dois terços dos empregos virão da Ásia, especialmente da China.

Os chineses, aliás, serão os maiores emissores de turistas daqui a dez anos. Já são os que mais gastam, mas devem passar os EUA em quantidade de viajantes para o Exterior. “Vai haver mais chineses que americanos viajando pelo mundo. Pensem nisso”, disse Scowsill.

A indústria do turismo, em 2012, contribuiu para a economia mundial com US$ 6,6 trilhões (em PIB), US$ 765 bilhões em investimentos e US$ 1,2 trilhão em exportações (5% de todas as exportacoes mundiais). Em 2023 a contribuição com o PIB mundial deverá ser de US$ 10,5 trilhões.

A América do Sul continua sendo vista como destino potencial e mercado crescente (os gastos do Brasil no Exterior são o 12o do mundo), mas as estrelas de 2012 foram países como Coreia do Sul, China, África do Sul e Indonésia, com crescimentos de 6% a 10%, enquanto os Estados Unidos cresceram apenas 2% e a Europa mero 1%.


*Fonte: O Portal PANROTAS viaja a convite do WTTC, Tap e Etihad, com proteção GTA

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