Savia Reis   |   02/08/2013 17:22

Estrangeiros da JMJ acham caros serviços de telefonia

DA AGÊNCIA BRASIL Um levantamento divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur) mostrou que, durante a Jornada Mundial da Juventude, 30,6% de 500 turistas estrangeiros que responderam a pesquisa, consideraram os serviços de telefonia e acesso

DA AGÊNCIA BRASIL

Um levantamento divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur) mostrou que, durante a Jornada Mundial da Juventude, 30,6% de 500 turistas estrangeiros que responderam a pesquisa, consideraram os serviços de telefonia e acesso à internet ruins ou péssimos. Foi o quesito com a pior avaliação, conforme o instituto, seguido por limpeza pública (13,3%).

Os itens com melhor avaliação foram sinalização no Rio de Janeiro (79,4% responderam ótimo e bom), aeroportos (76,5%) e segurança pública (73,2%). Em relação aos preços, um em cada três turistas considerou caro os serviços de telefonia e acesso à internet. De acordo com a pesquisa, os serviços turísticos que tiveram o maior número de críticas foram câmbio (30,1% avaliaram como ruim e péssimo) e menus em outras línguas (29,3%).

“As críticas giram em torno da dificuldade de acesso à rede e aos custos desse serviço”, explicou Flávio Dino, presidente da Embratur. Segundo ele, a solução para esse problema passa fundamentalmente pelo aumento de investimentos. “Não tem outra saída. As empresas estão perdendo usuários e dinheiro por não investirem em melhorias”, concluiu.

Na Copa das Confederações, torcedores também haviam relatado dificuldades em acessar os serviços de telefonia e internet. Na ocasião, as operadoras informaram ter registrado picos de ligações e congestionamentos.

Segundo o ministro, o papel da Embratur é clarear, para o governo e para o mercado, o que precisa ser melhorado. “E essa temática da competitividade continua atual. Essa questão só não apareceu tão evidente na JMJ porque o perfil era de um público que usou hospedagem alternativa e que recorreu à alimentação oferecida pelo próprio evento”, explicou.

Durante a jornada, um em cada três turistas estrangeiros ficou em escolas ou ginásios (32,2%), de acordo com os dados coletados pela Embratur. E 28% se hospedaram em casas de amigos ou parentes, e 23%, em paróquias e igrejas. Apenas 8% dos estrangeiros que vieram para o Brasil durante a JMJ ficaram em hotéis e 3,6%, em albergues.

“O País precisa de uma agenda de regulação e fiscalização dessa questão”, defendeu Dino. Além do monitoramento de preços, o presidente da Embratur defendeu mais investimentos e incentivos. “O turismo é um setor que responde muito rápido. Este ano, o governo anunciou a isenção de equipamentos para parques temáticos e isso já impactou nos preços. Com mais financiamento, crédito e desoneração, o setor vai crescer mais e reduzir os preços”, concluiu.

Os dados preliminares mostram que quatro em cada dez estrangeiros que vieram para a jornada viajaram de ônibus e 58% de avião. Mais de 89% das pessoas disseram que deixaram o país satisfeitos ou muito satisfeitos com o que viram e quase todos declararam que querem voltar ao País.

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