Artur Luiz Andrade   |   08/10/2013 21:51

CVC marca para dezembro ida à Bolsa de SP

Já na próxima semana a CVC inicia oficialmente seu processo de abertura de capital na Bolsa de Valores de São Paulo. Em dezembro começa roadshow em busca de investidores

Já na próxima semana a CVC inicia oficialmente seu processo de abertura de capital na Bolsa de Valores de São Paulo. É a segunda tentativa desde a compra da maioria das ações pelo Grupo Carlyle (a primeira, em fevereiro de 2012, foi adiada devido à crise mundial e cenário desfavorável). A previsão do presidente Luiz Eduardo Falco, em entrevista ao Portal PANROTAS, é de que em dezembro se dê o IPO, tão aguardado pelo mercado e pelos controladores, especialmente o Carlyle. Falco já está preparado para o roadshow para atrair investidores, inclusive comparando o modelo de franquias da CVC com outros de marcas nacionalmente conhecidas no varejo.

“Com todo investimento de um fundo de private equity é assim. Há o investimento, mas também há a saída do fundo, via abertura de capital. Todos estão muito felizes coma CVC, mas esse é o processo”, explicou. O cronograma do IPO vai depender das diretrizes da CVM depois de receber o filing na semana que vem.

CRESCENDO 20%
O momento atual, segundo Falco, está propício para um IPO. “Se você olhar a curva de crescimento da CVC verá que 2012 foi uma exceção. Este ano já voltamos a crescer dois dígitos”, continua ele. Segundo o superintendente Valter Patriani, nos últimos cinco meses o crescimento foi de 20%, em todos os segmentos.

Além de representar o turismo na bolsa, a CVC promete mostrar que seu modelo de franquias é um dos melhores de mercado. “Nas rodadas de perguntas com os investidores, fomos perguntados sobre comparações com franquias de roupas, como a Hering, e de sapatos, como a Arezzo. Fizemos um estudo e vimos que nosso modelo é vantajoso, pois exige investimento menor (na abertura e em publicidade) e propicia um retorno três vezes maior”, contou Falco.

“Se você é um bom vendedor, no primeiro mês já empata os custos e no segundo está ganhando dinheiro. E vai descontando o investimento inicial, que é em média de R$ 100 mil, em uma loja bem montada”, ratifica Patriani. “Por isso gostaria de falar mais uma vez que o modelo de franquias da CVC é uma oportunidade excelente para as agências que quiserem se converter. Marquem uma reunião comigo. E mostro que se trata de um projeto vencedor”.

De acordo com Falco, na média uma franquia CVC deixa lucro de R$ 14 mil para o dono. “Imagina quem tem lojas maiores ou mais de uma franquia”. Hoje as vendas CVC vêm de 6,5 mil agências multimarcas, 758 lojas próprias e do site, que cresce em ritmo acelerado e que representa menos de 10% de vendas.

“E que não devem passar (as vendas on-line) de 20%. Hoje o passageiro entra na loja com o preço que viu no site da CVC e não mais de outras OTAs. Aliás, considero o modelo OTAs no Brasil página virada. Não somos os EUA, que têm grande mobilidade da população e onde o modelo de OTAs cabe perfeitamente”, analisou o presidente da CVC, há cerca de sete meses no cargo. Falco disse que quando entrou na CVC havia uma preocupação com a Decolar.com. "Passagem aérea não dá dinheiro. Hoje olho muito mais para o modelo do Booking.com. OTA é assunto liquidado no Brasil", finalizou.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.