Entre as principais mudanças de comportamento do consumidor de viagens neste ano de crise estão, segundo a CVC, trocar o internacional pelo nacional, ficar menos dias no destino e o downgrade de categoria de hospedagem e transporte. “Temos Porto Seguro por dez vezes de R$ 59. Não viaja quem não quer”, exemplifica o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco.

Outro exemplo, no internacional: a troca de Cancun, mais caro, por Punta Cana, na República Dominicana, mais barato atualmente. “Historicamente Cancun vende mais, mas neste ano, o bolso está falando mais alto”. A antecedência também mudou: se no começo do ano o cliente CVC comprava com 70 dias de antecipação, no final do semestre baixou para 60 dias.

No segundo semestre a famosa relação 60%/40% do nacional com o internacional da CVC foi alterada para algo em torno de 62%/38%, por causa da busca maior pelo doméstico. No ano passado, havia sido 55%/45%, mostrando a força do internacional até então. Segundo Falco, a queda foi geral: Europa, Estados Unidos e América do Sul.

No semestre as vendas da CVC cresceram 12% e o número de passageiros 17%, com a tarifa média caindo 3%.