Artur Luiz Andrade   |   21/08/2015 14:09

E-commerce se adapta à crise e cresce 16% no Brasil

O e-commerce no Brasil faturou R$ 18,6 bilhões no primeiro semestre de 2015, 16% mais que no mesmo período de 2014, segundo o relatório Web Shoppers, publicado pela E-bit Buscapé.

O e-commerce no Brasil faturou R$ 18,6 bilhões no primeiro semestre de 2015, 16% mais que no mesmo período de 2014, segundo o relatório Web Shoppers, publicado pela E-bit Buscapé. De acordo com o IBGE, no mesmo período o varejo off-line cresceu apenas 4,2%. Segundo o relatório web Shoppers, como a internet permite uma compra mais planejada, com comparação de preços antes da decisão do negócio, nesse momento de crise, em que os consumidores pensam mais antes de comprar, o e-commerce se beneficia.

O tíquete médio do e-commerce brasileiro subiu 13% (muito devido à inflação) e chegou a R$ 377 nos seis primeiros meses do ano. O maior crescimento em vendas on-line veio dos setores de eletrodomésticos e telefonia/celulares, com 41% e 53%, respectivamente. Já os setores de eletrônicos e de moda e acessórios apresentaram queda no e-commerce – de 17% e 8%, respectivamente.

A receita com frete aumentou neste semestre, pulando de R$ 544 milhões para R$ 659,8 milhões, devido à diminuição das ações de “frete grátis”. O número de transações subiu apenas 2,5% em relação a 2014 e chegou a 49,4 milhões.

Ainda segundo o estudo, os dispositivos móveis chegaram a um share de 10,1%. E 17,6 milhões de consumidores fizeram pelo menos uma compra on-line no primeiro semestre.

O Web Shoppers também registrou mudança na estratégia de pagamento das lojas, que querem diminuir as vendas parceladas. Atualmente, segundo o levantamento, 54% dos pedidos são realizados com pagamento a vista e apenas 3,59% foram realizados com parcelamentos acima de 11 vezes, índice que era de 8% em 2014.

Segundo a Nielsen Ibope, o Brasil tem mais de 103 milhões de pessoas com acesso domiciliar à internet no Brasil, sendo 74,2 milhões ativos em junho de 2015. Segundo o Ibope, 67% do Índice de Potencial de Consumo no Brasil está concentrado em 11 regiões. Contando apenas essas regiões, a maior quantidade de internautas está no Sul e no Interior do Sudeste (sem contar o Interior de São Paulo), com 23%, seguida de São Paulo (22%), Interior de São Paulo (16%), Rio de Janeiro (12%), Belo Horizonte (6%), Curitiba, Porto Alegre e Salvador (4% cada) e Brasília, Fortaleza e Recife (3% cada).

ATIVIDADES EM UMA LOJA
Na decisão de compra dos compradores virtuais, apenas 6% disseram terem sido influenciados por mídias off-line. Ainda na pesquisa, 38% disseram que usaram a internet para comparar preços, 34% para pegar informações sobre produtos, 24% para comparar produtos, 16% para ler informações sobre as lojas e 9% para comprar produtos.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.