Artur Luiz Andrade   |   16/09/2015 09:20

Brasil cai em ranking de "Prontidão para Mudanças"

Segundo o Índice de Prontidão para Mudanças (Change Readiness Index), elaborado pela KPMG, o Brasil está na 59ª posição, entre 127 países pesquisados, tendo perdido 17 posições em relação ao ranking do ano passado.

O Brasil está entre os países mais preparados para lidar com mudanças sem precedentes e aproveitar as oportunidades resultantes dela? Segundo o Índice de Prontidão para Mudanças (Change Readiness Index), elaborado pela KPMG, o Brasil está na 59ª posição, entre 127 países pesquisados, tendo perdido 17 posições em relação ao ranking do ano passado.

A pesquisa avalia a capacidade de um país se preparar para mudanças em ritmo acelerado que podem ocorrer em virtude de desastres naturais, crises econômicas e políticas e tendências de longo prazo, como a demografia e as novas tecnologias, e sua capacidade de responder a elas. No levantamento, Cingapura aparece em primeiro e o Chade, país da África subsaariana, em último lugar.

Além de Cingapura, aparecem nos cinco primeiros lugares Suíça (2º), Hong Kong (3º), Noruega (4º) e Emirados Árabes (5º). Já na outra ponta, estão Chade (127º), Guiné (126º), Burundi (125º), Afeganistão (124 º) e Mauritânia (123º).

“A queda de posição do Brasil no ranking ocorreu por alguns fatores, entre eles, podemos citar alterações na economia”, afirma o sócio da área de estratégia da KPMG, Augusto Sales.

O índice é produzido em parceria com a Oxford Economics, e tem como objetivo, segundo a KPMG, "servir de base para tomadas de decisão abalizadas a respeito de possíveis reformas ou mudanças nas políticas, gerenciamento de riscos ou realização de investimentos". Ao avaliar a capacidade de prontidão para mudanças, o CRI mensura a eficiência de um país em três áreas: capacidade de negócios - o ambiente corporativo de um país; capacidade de governo - incluindo os aspectos fiscais, regulatórios e de segurança; e capacidade das pessoas e da sociedade civil - instituições de sociedade civil, abrangência do crescimento, da educação, da saúde e do acesso à tecnologia.

“A capacidade de uma nação em responder e se adaptar às mudanças é cada vez mais importante para a construção bem-sucedida de uma economia sustentável e uma sociedade mais justa”, explica Sales.

Entre os países em desenvolvimento, a Índia foi um dos que mais se destacaram desde o CRI de 2013 (subiu 17 posições com base no ranking de 2013), reflexo de um ambiente de negócios muito melhor. Filipinas, Indonésia e Camboja são os países onde a renda é mais baixa e estão classificados entre os 50 principais países no Índice.

“As Filipinas, em particular, são o exemplo da importância da prontidão para mudanças. Muitas regiões do país foram devastadas pelo tufão Haiyan em 2013, mas suas políticas e instituições eficazes permitiram que o país perseverasse, e sua economia deverá ser uma das economias que crescerão com mais rapidez em 2015. Outros países, como Camboja e Ruanda, refletem áreas de progresso feito por meio de esforços da comunidade de desenvolvimento global, que trabalha de forma eficaz e de comum acordo com os governos nacional e local para realizar uma mudança positiva”, avalia Sales.

Países mais bem colocados:

1 - Cingapura
2 - Suíça
3- Hong Kong
4 -Noruega
5 - Emirados Árabes Unidos
6 - Nova Zelândia
7 - Catar
8 - Dinamarca
9 - Suécia
10 - Finlândia
11 - Países Baixos
12 - Alemanha
13 - Reino Unido
14 - Canadá
15 - Japão
16 - Austrália
17 - Áustria
18 - Bélgica
19 - Chile
20 - Estados Unidos
59 - Brasil


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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.