Artur Luiz Andrade   |   02/02/2016 11:30

Para FBHA, carnaval e Turismo se descolam da crise

Para o presidente da FBHA, Alexandre Sampaio, a procura pelos destinos nacionais no verão e neste carnaval mostra que o Turismo está caminhando "deslocado da crise econômica", principalmente por conta do ingresso de turistas estrangeiros

Para o presidente da FBHA, Alexandre Sampaio, a procura pelos destinos nacionais no verão e neste carnaval mostra que o Turismo está caminhando "deslocado da crise econômica", principalmente por conta do ingresso de turistas estrangeiros. Para ele, a atividade econômica é a indústria que tem as melhores condições de ajudar o Brasil a sair da crise e voltar a crescer. Isso mesmo com a epidemia de zika e as dificuldades políticas e econômicas.

Em municípios com forte tradição carnavalesca, como Rio de Janeiro, Búzios, Fortaleza e Recife, as reservas nos hotéis giram, em média, em torno de 80% da capacidade dos estabelecimentos, segundo a Federação de Hotéis. Além dos brasileiros, o País tem sido escolhido também por estrangeiros – em particular, os europeus.

Em Fortaleza (28 mil leitos), a cada dez turistas que fizeram reservas para os dias da folia, quatro são estrangeiros. Destes, os portugueses são maioria. Já entre os brasileiros, boa parte das reservas é oriunda dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. A capital cearense registra uma taxa de ocupação de 92%.

Recife (15 mil leitos) e Olinda (1,8 mil leitos), dois tradicionais destinos carnavalescos, foram a escolha dos brasileiros das regiões Sul e Sudeste. Os argentinos, agora sem restrições para a compra de moeda estrangeira, também estão de olho nas belezas do Nordeste: em Porto de Galinhas, no litoral pernambucano, eles são donos de cerca de 30% das reservas. A ocupação dos leitos em Pernambuco é de 85%, de acordo com a entidade.

No Rio de Janeiro, dois municípios dividem a colocação dos destinos mais procurados para o carnaval segundo a federação: Rio e Búzios. Na Região dos Lagos, o balneário, que possui 350 meios de hospedagem, está com uma taxa de ocupação de mais de 90%. A procura por argentinos e chilenos subiu cerca de 400% este ano. No Rio, os hotéis também estão cheios. Em alguns, as tarifas promocionais e as categorias mais baratas já estão esgotadas. Na Zona Sul, em bairros como Botafogo e Flamengo, que são mais próximos do Sambódromo, os hotéis estão com 80% das unidades já reservadas.


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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.