Maria Izabel Reigada   |   20/01/2017 17:22

2016 foi ano mais difícil para vender Brasil na Espanha

Nem mesmo os anos de maior crise da Espanha foram tão abaixo de 2016


Maria Izabel Reigada
Rosiane Rockenback, diretora do EBT na Espanha
Rosiane Rockenback, diretora do EBT na Espanha

MADRI – Nem mesmo os anos anteriores, de acentuada crise da economia espanhola, foram tão difíceis para vender o Brasil na Espanha quanto o ano passado, segundo a responsável pelo Escritório Brasileiro de Turismo (EBT) da Espanha, Rosiane Rockenback. Para ela, o ano da realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro tornaram o Brasil a grande vitrine de 2016 – para o bem e o mal. “Tivemos uma repercussão extremamente negativa quando o astro do basquete espanhol, Pau Gasol, disse que não sabia ser iria participar dos jogos por causa do vírus da Zika”, conta Rosiane.

Segundo ela, a ampla declaração do jogador de basquete da seleção da Espanha foi exaustivamente repetida no noticiário espanhol. “No dia seguinte, já tinha ligações de operadores preocupados com cancelamentos”, lembra a executiva. Além das declarações do atleta e da veiculação constante de notícias negativas sobre o Brasil, de reclamações de atletas quando chegaram ao País para os jogos a casos de violência, Rosiane conta que os operadores espanhóis também criaram uma expectativa de preços muito altos no País, por causa dos jogos. “O Rio de Janeiro é a porta de entrada para o turista de lazer da Espanha que vai para o Brasil e ele ficou preocupado com a possibilidade de aumento grande dos preços da hotelaria e dos serviços em geral”, explica.

Ainda sem os números do emissivo espanhol, a diretora do EBT na Espanha espera uma redução nas cifras de 2016, na comparação com o ano anterior. “Espero que não seja muito grande, porque, na verdade, em novembro começamos a verificar uma retomada. Mais no interesse, ainda, que em embarques”, conta. Rosiane aponta a presença do EBT na capital espanhola como um dos pontos fortes do Brasil na concorrência com outros destinos pelo turista espanhol, mais acirrada desde a recuperação econômica do país. “A Fitur já é um reflexo disso. Você estandes tradicionalmente pequenos ocupando muito mais espaço, como o Peru, a aposta feita pela Argentina e até mesmo a Venezuela”, analisa.

O PANROTAS é media partner da Fitur 2017
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