United sinaliza que pode endurecer relação com GDSs
Presidente da companhia desde o fim de agosto de 2016, Scott Kirby já tem sugerido mudanças nos negócios da United.
O tema já faz parte do histórico do executivo no setor. Kirby pressionou sistemas de distribuição sobre tópicos como preços injustos e tecnologias inflexíveis durante seus últimos cargos executivos na American Airlines, na US Airways e na America West.
Kirby inclusive foi testemunha quando a American Airlines venceu uma ação contra a Sabre em dezembro, questionando justamente práticas anticoncorrenciais. A Sabre ainda pode recorrer da decisão. Quando testemunhou na ação judicial da US Airways contra Sabre, Kirby acusou o presidente-executivo da empresa por, entre outras coisas, ter ameaçado a sua companhia aérea com "um ultimato" de que a Sabre iria "boicotar" a exposição de suas tarifas para agentes a menos que a aérea aceitasse os termos contratuais.
Ainda de acordo com o Skift, Kirby fez observações intrigantes esta semana ao responder questões de analistas sobre uma chamada de ganhos trimestrais. Prestes a lançar um novo produto de assentos básicos na classe econômica, a United pode ter receio de sofrer o mesmo caso que a Air New Zealand, que introduziu um produto de natureza semelhante que levou anos para ser exibido de forma correta nos sistemas Amadeus, Sabre e Travelport.
"Para mim, a coisa mais importante que precisaremos fazer é comunicar os nossos clientes. E asseguro que, no United.com, teremos uma comunicação muito clara sobre regras e restrições", afirmou Kirby sobre o novo produto. "Queremos que todas as outras entidades que vendem bilhetes da United façam a mesma coisa. E queremos que os clientes saibam com certeza o que estão comprando e os GDSs podem desempenhar um papel importante nisso, que não tem sido historicamente o topo de sua lista de investimentos, mas precisamos que eles façam isso", completou o presidente da United.
*Fonte: Skift