Janize Colaço   |   06/06/2017 13:25

Setor de serviços cresce em SP, mas Turismo cai 18%

Segundo pesquisa da Fecomércio, o faturamento do setor é de R$ 696 milhões superior ao apurado em abril de 2016

Pixabay
Embora a economia nacional ainda esteja incerta, pelo quarto mês consecutivo o setor de serviços na capital paulista registrou alta nas vendas. De acordo com um levantamento feito pela Fecomércio de São Paulo, no último mês de abril o setor faturou R$ 23,2 bilhões — o que determinou um crescimento de 3,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar disso, o Turismo não obteve os melhores resultados do setor, com uma queda de cerca de 18%.

Segundo a Fecomércio, esta é a segunda maior cifra registrada para o mês e cerca de R$ 696 milhões acima do valor apurado em abril de 2016. Ainda de acordo com a pesquisa, os dados acumulados dos últimos 12 meses demonstram uma desaceleração na queda das receitas do setor desde setembro do ano passado. O mês de abril registrou uma variação negativa de apenas 1,3%.

A recuperação gradual da economia paulistana, de acordo com a entidade, garantiu o bom desempenho do setor, com destaque para saúde (17,2%), agenciamento, corretagem e intermediação (15,1%) e Simples Nacional (9,3%) que, juntas, colaboraram positivamente com 4,2 pontos porcentuais para o resultado geral.

Os piores resultados foram vistos nas atividades de Turismo, Hospedagem e Eventos (-18,2%), mercadologia e comunicação (-11,1%) e técnico científico (-10,3%). Essas atividades, em conjunto, impactaram negativamente com 1,1 ponto percentual para o resultado geral do setor de serviços paulistano em abril.

PONDERAÇÃO E CAUTELA
A federação pondera que ainda é preciso ter certa cautela no que diz respeito à recuperação do setor, bem como da atividade econômica como um todo. Apesar da conjuntura econômica apresentar uma ligeira melhora, refletida na queda da inflação e da taxa de juros, o ciclo sustentado de recuperação depende de uma reativação ampla e contínua das demais atividades, do aumento do emprego e da recomposição de renda da população.

Segundo a entidade, o ambiente interno necessita de estabilidade — com a inflação sob controle e restauração de credibilidade do mercado —, o que permitirá a atração de investimentos internos e externos e refletirá na retomada econômica.

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