Renato Machado   |   14/07/2017 20:25

Serviços terão 14ª queda mensal seguida, projeta IBGE

Em março de 2015, o setor de serviços registrou alta de 2,3% sobre março do ano anterior. Desde então, os volumes de receitas foram negativos mês a mês. Na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) feita pelo IBGE, a previsão é de nova retra&cced

Flickr/Maitre Yoda
Em março de 2015, o setor de serviços registrou alta de 2,3% sobre março do ano anterior. Desde então, os volumes de receitas foram negativos mês a mês. Na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) feita pelo IBGE, a previsão é de nova retração em maio de 2017, pelo 14º mês consecutivo.

Apesar do ínfimo crescimento em relação a abril (+0,1%), o volume de receitas em maio/17 é 1,9% menor o registrado no mesmo mês de 2016. É possível, no entanto, notar uma desaceleração das baixas: a marca do comparativo maio/17 x maio/16 é a menor desde o último resultado positivo (março de 2015).

Somadas as quedas dos cinco primeiros meses do ano, nota-se uma baixa de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda abaixo de 2015, que teve queda semelhante, na casa dos 5%.

Se analisadas as receitas reais do setor de serviços, as atividades acumulam 26 quedas consecutivas nas comparações anuais. As sucessivas quedas em mais de dois anos de crise levaram as receitas do setor a um nível semelhante ao da primeira metade de 2011.

Diante do cenário, a CNC revisou sua projeção no volume de receitas do setor de -3% para -3,6% para 2017. O economista da confederação, Fabio Bentes, afirma que “Além do fraco nível geral de atividade econômica interna, a maior resiliência dos preços dos serviços tem se colocado como um obstáculo adicional à retomada do crescimento das atividades terciárias. Nos últimos 12 meses encerrados em junho, a variação dos preços dos serviços respondeu por 2/3 da inflação medida pelo IPCA”.

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