Rodrigo Vieira   |   30/08/2016 16:05

Uber cria programa de fidelidade para clientes frequentes

Programa de fidelidade para passageiros frequentes são comuns no setor aéreo. Agora, porém, foi a vez do Uber aderir ao serviço. Com o Uber Plus, por enquanto lançado em seis cidades norte-americanas, os “passageiros fiéis” da companhia pagam um


Divulgação/Uber

Programa de fidelidade para passageiros frequentes são comuns no setor aéreo. Agora, porém, foi a vez do Uber aderir ao serviço. Com o Uber Plus, por enquanto lançado em seis cidades norte-americanas, os “passageiros fiéis” da companhia pagam um preço único por um pacote de corridas, variável conforme a cidade.

Em San Diego, por exemplo, o passageiro que paga US$ 20 por mês faz 20 corridas ao preço máximo de US$ 3 no Uber Pool, categoria em que o veículo pode ser compartilhado. Em Boston, com US$ 40 o passageiro ganha 20 corridas a US$ 2, também no Uber Pool. O Uber X também pode ser utilizado no programa de fidelidade. Em Miami, com o pacote de US$ 30 mensais, uma corrida de Uber X fica a US$ 5, com o limite de 20 corridas.

São Francisco, Washington DC e Seattle completam a lista.

Na opinião do head de Loyalty e CRM do GPA, Renato Camargo, as empresas digitais, em sua maioria startups de origem, tão seguras com a qualidade de seus analytics, esqueceram-se de correlacioná-los com algo básico: uma estratégia de proximidade com seus clientes.

“Agora chega o Uber, que declarava veementemente não querer operar qualquer ação que afetasse sua rentabilidade e lança um plano de assinaturas mediante frequência de viagens, o Uber Plus”, afirma o especialista. “No Brasil, Smiles e Multiplus fizeram o mesmo: ao menor sinal de perda de rentabilidade devido à crise financeira (redução do uso do cartão de crédito acarreta menor acumulo de pontos) lançaram clubes de assinatura pagos, que permitem um acumulo de pontos de forma acelerada, garantindo uma receita marginal à principal do negócio. O Uber não poderia ficar fora. A perda de US$ 1,2 bilhão neste primeiro semestre certamente tirou da gaveta um plano que já havia sido reprovado inúmeras vezes pela direção executiva da companhia.”

Camargo conclui, portanto, que “não basta ter um forte data analytics, somente. Não basta ter um programa de fidelidade, somente. Ambos são simbióticos e só potencializam os negócios se caminharem juntos”.


*Fonte: Update or Die

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