Vitor Ventura   |   20/09/2016 10:44

Paulistano fica 45 dias no trânsito por ano, diz pesquisa

O ibope fez um levantamento, a pedido da Rede Nossa São Paulo, que mostra que o cidadão paulistano demora 1 mês e meio anualmente parado no trânsito. O levantamento foi divulgado hoje, (19), semana do Dia Mundial sem Carro.


O ibope fez um levantamento, a pedido da Rede Nossa São Paulo, que mostra que o cidadão paulistano fica cerca de um mês e meio anualmente parado no trânsito. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (19).

Na pesquisa, foi considerado qualquer tipo de tarefa, desde ir ao trabalho/faculdade, até ir a hospitais, buscar e deixar os filhos na escola e ir à academia

De 2015 a 2016, o tempo médio gasto para realizar as atividades acima, por dia, aumentou em 20 minutos, chegando a quase três horas.

Mesmo isolando uma só atividade – de ir para o trabalho/faculdade – o tempo aumentou em 17 minutos, chegando a duas horas e um minuto, o maior tempo desde 2009.

Na opinião do coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, um dos responsáveis pelo transito massivo da cidade é o grande deslocamento das pessoas, não em números, mas sim na distância que a maioria deve percorrer, além de falta de recursos nas áreas periféricas, que inviabilizam o bom uso do transporte público, por exemplo.

"Alguns distritos concentram os empregos de São Paulo. As pessoas saem da periferia, principalmente, para trabalhar em um mesmo local. Elas não passam esse tempo todo no trânsito porque querem, mas porque precisam. Porque, no seu distrito, além de não ter emprego, faltam também equipamentos culturais e esportivos, além de hospitais e outros serviços", analisa Grajew.

Entretanto, há uma boa notícia: uma grande quantidade de paulistanos aprova as medidas tomadas para alívio do tráfego de carros. Segundo a pesquisa, 90% dos cidadãos que utilizam o carro afirma gostar das faixas exclusivas de ônibus, e também concordam com a criação de mais ações como esta.

A aprovação das ciclovias também aumentou: bateu 68% em 2016, contra 59% do ano passado.


*Fonte: Exame

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