A bicicleta tem ganhado mais espaço na vida dos brasileiros e cada vez mais é usada como meio de transporte para chegar ao trabalho. Uma pesquisa realizada pela Bike Anjo, no Distrito Federal, com 1,3 mil pessoas mostrou que 62% dos ciclistas usam a bike para ir até o serviço ao menos duas vezes por semana.

Entretanto, os ciclistas ainda enfrentam algumas dificuldades para fazer o trajeto casa-trabalho de bicicleta, já que a maioria das empresas não contam com chuveiros ou vestiários.

Pensando em mudar essa realidade, existe hoje uma série de projetos que incentivam funcionários a trocarem os carros ou transporte público pela magrela. Um deles é o Programa Bike SP, que vai virar lei e oferece certos benefícios para ciclistas e empresas.

Funciona assim: o projeto utiliza o cartão Bilhete Mobilidade para pagar até R$1,91 em créditos por viagem de bicicleta que o cidadão fizer. O valor pago é o mesmo que prefeitura pagaria para as companhias de ônibus em forma de subsídio. Empresas que participarem também serão beneficiadas. A proposta entra em vigor em 1º de janeiro de 2017 e é inspirada em um francês que remunerava o ciclista com 0,25 euros por quilômetro percorrido. Ao final de seis meses, o aumento foi de 80% no uso da bicicleta na cidade.

Para o Instituto Cidade em Movimento (IVM), as empresas que incentivam o transporte em duas rodas mostram mais comprometimento com a sociedade. “Essas organizações se tornam referência para outras companhias. No entanto, a questão cultural ainda é algo contra as bicicletas, e muitas pessoas não se sentem confortáveis em tomar banho e se vestir no trabalho, como também há pouca pressão dos empregados para a instalação de vestiários.”

Além dos benefícios financeiros, ir trabalhar de bicicleta pode ser uma boa saída para quem quer praticar esporte ou qualquer execício e não tem tempo. Dados da Companhia de Engenharia de Tráfego da São Paulo (CET) indicam que 340,5 mil ciclistas passaram pela ciclovia da Faria Lima durante o primeiro semestre de 2016. E você, vai encarar?

*Fonte: Valor Econômico, G1 e Folha de São Paulo