Artur Luiz Andrade   |   23/03/2015 11:33

Depois de negociar com CVC, Nascimento segue voo solo

A Nascimento Turismo falou com o Portal PANROTAS sobre o fim das negociações com a CVC, que duraram 11 meses, e que foram encerradas no mês passado. Segundo Plínio Nascimento, nunca foi segredo que a operadora estava buscando investidores para profissionalizar sua estrutura familiar.

A Nascimento Turismo falou com o Portal PANROTAS sobre o fim das negociações com a CVC, que duraram 11 meses, e que foram encerradas no mês passado. Segundo Plínio Nascimento, nunca foi segredo que a operadora estava buscando investidores para profissionalizar sua estrutura familiar. A operadora, de 54 anos, chegou a conversar com vários investidores, mas optou pela CVC, por ser uma operadora e entender do negócio. "Em fevereiro, devido à chegada com força da crise econômica, vimos que o negócio já não era bom para os dois lados", disse Plínio. "Continuamos com um advisor, em busca de oportunidades, mas permanecemos no nosso voo solo, a família continua no comando 100% e temos muitos planos para 2015". "É um ano difícil, mas que traz oportunidades. Estamos muito bem na distribuição de produtos e por regiões, vamos lançar nosso novo sistema para os agentes e na pior das hipóteses teremos uma queda de vendas de 20%, mas não acredito nisso", avaliou Plínio Nascimento.

No ano comercial de abril de 2014 a março, segundo a Nascimento, a queda nas vendas foi de 2%. "Um êxito frente às circunstâncias de 2014", continua o diretor geral da operadora. Para este ano, a empresa deve fazer uma reestruturação já prevista desde 2014, mas que foi segurada devido à negociação com a CVC. "O bom é que o dever de casa já está feito. No turismo não temos números dos cases de sucesso, mas nesses 11 meses aprendemos muito sobre o mercado e sobre nós mesmos".

"Queríamos fazer esse anúncio para cessar possíveis boatos de mercado e para preparar os agentes para as novidades que lançaremos este ano. Além do sistema, teremos muitas capacitações, substituindo o Nastur, que deve voltar em novembro. Estamos estudando modelos, pois queremos que o evento tenha mais fornecedores, mas não perca o caráter de conhecimento e qualificação", continuou o diretor da operadora.

Uma boa surpresa nos números da operadora foi a venda nacional, que já tem 21% de share, ultrapassando a Europa em receita, com 17%. Estados Unidos respondem por 22%, Caribe 15% e México 14%. A América do Sul caiu, mas tem 7,5% de share e os Exóticos 4%. Esses números contam apenas com a parte terrestre.

Nas vendas gerais, o internacional responde por 64%, o nacional 17%, os cruzeiros nacionais 9,3% e os internacionais 10,6%.

As vendas por região são lideradas por São Paulo (15,84%), Interior São Paulo (12,47%), Rio de Janeiro (10%), Belo Horizonte (6,4%), Brasília (7,27%), Santos (7,7%) e Incentivos (que entra como região, 14%).

"Nosso DNA continua o de atender o cliente da forma que ele quer, customizada e personalizada. Vamos olhar melhor as oportunidades, crescer no nacional, manter nossa força nos EUA e Caribe e trazer mais ferramentas para os agentes de viagens, como o novo sistema, que vai unificar todos os nossos produtos - hoje parte está on-line e parte no nosso sistema", finaliza ele.

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Sobre o autor

Artur Luiz Andrade é editor-chefe da PANROTAS, jornalista formado pela UFRJ e especializado em Turismo há mais de 30 anos.