Rodrigo Vieira   |   10/12/2015 19:31

Falco: CVC é mais rentável no on-line do que Decolar

Aproximadamente 9 milhões de passagens emitidas por ano. EBITDA atingindo R$ 295,5 milhões no acumulado de janeiro a setembro, um aumento de 18,3% em relação a 2014.

Aproximadamente nove milhões de passagens emitidas por ano. EBITDA atingindo R$ 295,5 milhões no acumulado de janeiro a setembro, um aumento de 18,3%, em relação a 2014. Reservas confirmadas em R$ 3,8 bilhões nos nove primeiros meses do ano, 7,4% crescimento, em comparação com os primeiros nove meses de 2014. Meta de mil lojas próxima a ser atingida. São informações que grande parte do trade já sabe sobre a CVC, mas que talvez os investidores da empresa, envolvidos em ações de diversos setores, ainda careciam. Hoje não precisam mais.

Em mais uma edição da reunião anual da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), o presidente da empresa, Luiz Eduardo Falco, reforçou os “bons resultados da CVC em um ano complicado para todo o mercado”, além de ter explicado detalhes básicos que são complexos para quem não vive o dia a dia do Turismo, como, por exemplo, o que é uma consolidadora.

“Nós somos responsáveis por nove milhões de bilhetes emitidos para uma população de 200 milhões. Falta 191 milhões para atingirmos nossa meta”, brincou o presidente, que falou muito sobre o produto on-line. “Somos um dos principais players do Brasil na parte on-line. Acho que a Decolar.com está na nossa frente em número de vendas, porém, embora os números não sejam abertos, tenho certeza que estamos na frente em rentabilidade.”

Segundo Falco, o CVC.com.br estava satisfazendo no on-line, mas a empresa sentiu que estava um pouco atrasada, então decidiu pela aquisição do Submarino. “O share do on-line na nossa empresa era de 5% e agora, com a compra do Submarino, chega a 15%. O mercado está mais ou menos em 22% on-line e 78% off-line. Nós, com esses 15% e 85%, estamos no jogo”, comemorou o dirigente. “O CVC.com.br vende R$ 300 milhões e o Submarino R$ 500 milhões. Ano que vem estaremos próximos da casa do bilhão. Para quem não tinha nada de on-line quatro anos atrás, estar perto do bilhão é muito expressivo”, completou, valorizando ainda a parceria feita com o Expedia.

INTEGRAÇÃO DE PLATAFORMAS
Uma acionista perguntou a Falco como está o processo de integração de plataformas entre CVC e as empresas adquiridas recentemente. Segundo ele, em 2016 deve acontecer pelo menos a integração de sistemas do aéreo. Entretanto, ele supõe que, caso nenhuma plataforma seja integrada, a CVC não sai ganhando nada, mas também não perde, pois os sistemas são referências em seu segmento.

“Há muitos players que não possuem plataformas, enquanto nós temos muitas. A da Rextur Advance é a maior do mercado; a da CVC também é a melhor no segmento de operação; e a plataforma da Submarino é a mais nova do mercado. Obviamente que, no processo de racionalização, temos estudado muito como usar o melhor de cada plataforma sem perder a individualidade de cada negócio”, avalia. “Nesse contexto, largamos com as três plataformas e integraremos algumas coisas: a prioridade é o sistema do aéreo, que temos feito muita força para pegar o da Rextur Advance, pois eles são especializadíssimos nisso.”

“Quero deixar claro o seguinte: se não integrarmos nenhum dos sistemas, nós não ganhamos nada, mas também não perdemos. Isso é importante. Contudo, se conseguirmos integrar ganhamos uma produtividade muito grande. Em um mundo ideal, a plataforma de hotel é da CVC, a do aéreo da Rextur Advance e a do Submarino tenha uma parte total de backoffice automatizado e emissão de bilhetes. Então teremos, para capex futuros um saving muito grande.”

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