É sabido que a situação econômica da Aerolineas Argentinas é das mais difíceis, mas as coisas podem melhorar com uma injeção de US$ 682 milhões. A maior parte do capital (US$ 650 milhões) da Sociedade Estatal de Participações Industriais da Espanha (Sepi), dona da empresa desde 1990, quando ela foi privatizada. Os US$ 32 milhões restantes serão investidos pelo governo argentino, que ainda detém 5% das ações da Aerolineas.

Para o secretário de Programação Econômica da Sepi, Miguel Bain, o mais importante "é que o temor de uma possível quebra foi afastado". O comentário dele faz sentido quando se lembra que a dívida da Aerolineas Argentinas gira em torno de US$ 800 milhões. Para se ter uma idéia de quão negativo era o quadro até o fechamento desse acordo, a companhia estava trabalhando com um capital de apenas US$ 70 milhões e um déficit mensal operacional de US$ 25 milhões.

A Sepi controla também a Iberia, com 54% das ações. Essa participação será reduzida em breve, com a entrada da companhia no mercado acionário. A privatização da Iberia já começou em 1999, quando 40% das ações foram para as mãos de várias empresas, como a British Airways e o banco espanhol Bilbao Vizcaya, e 6% ficaram em poder dos próprios funcionários.