Mercado especula sobre futuro da TR sem Fontana

Omar Fontana, presidente da Transbrasil, que morreu esta madrugada, às 2h, em São Paulo, já estava afastado da presidência executiva da empresa há algum tempo. Já há alguns anos lutando contra o câncer, depositou o futuro da companhia que fundou em 1955, ainda com o nome de Sadia, nas mãos do genro Antonio Celso Cipriani.

Depois da passagem de Paulo Enrique Coco pela empresa, o controle voltou às mãos de Cipriani, que vem tocando os rumos da companhia com a ajuda de Flávio Carvalho, promovido este ano a vice-presidente executivo. Todos se perguntam sobre o futuro da empresa, especialmente em relação a uma possível venda total das ações, uma atitude que Fontana relutava em tomar.

Depois de uma tentativa fracassada de venda e/ou acordo com a Tam, a Transbrasil voltou a atuar sozinha no mercado e hoje tenta comprar novos aviões, para voltar à Ponte Aérea. É possível que vire uma empresa exclusivamente voltada para o mercado doméstico, já que a competição internacional é bastante acirrada.

Apesar de afastado do dia-a-dia da companhia, Fontana era uma liderança entre os funcionários, amado e muito respeitado. Respeito que foi transferido automaticamente para Celso Cipriani. "Vamos trabalhar o dobro em sua homenagem", disse um executivo da companhia.

O velório será hoje à tarde, e o enterro amanhã às 10h da manhã, no Cemitério do Morumbi, em São Paulo.