Baeta Neves: Caos ronda hotelaria de SP

A audiência pública realizada ontem na Comissão de Economia, Indústria, Comércio e Turismo da Câmara dos Deputados para discutir a necessidade da revisão da legislação que rege o setor hoteleiro não contou com representantes da Associação dos Flats (APFlats), apenas dos líderes da hotelaria tradicional. Em comunicado enviado à Comissão, o presidente da APFlats, René Maluly, disse não ver necessidades de revisão ou atualização de tal legislação.

Os presidentes da ABIH Nacional e ABIH-SP, Luiz Carlos Nunes e Nelson Baeta Neves, respectivamente, foram escalados para expor os problemas que os hoteleiros têm com os donos de flats, resultado de brechas na legislação. Também a diretora de fomento da Embratur, Regina Cavalcanti, participou da audiência e revelou que já tem preparado um texto, que classificou de “remendo à legislação em vigor”, destinado a sanar algumas das dificuldades apuradas.

Uma revelação feita no plenário reforçou as preocupações dos presentes: 14 hotéis convencionais em São Paulo já fecharam as portas, algo que acontece Brasil afora. São Paulo, exemplo citado com veemência, terá até o final deste ano 66 mil apartamentos disponíveis. Não por outra razão Baeta Neves carregou nas tintas quando resumiu a situação: o caos ronda a hotelaria de São Paulo, que em 2003 estará no fundo do poço.