A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, confirmada nesta manhã, de que não fará convocação extraordinária do Congresso em julho, começou a mobilizar o trade de Brasília, que passa a apostar mais nos atrativos da cidade para manter níveis razoáveis de ocupação. Isso porque, sem o Parlamento, o movimento do turismo despenca quase 40%.

Apesar disso, a possibilidade de que, mesmo sem convocação, as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) continuem funcionando, o que é regimentalmente possível, anima o setor. A expectativa é de que os debates acabem minimizando a queda.

Elydio Santoro, presidente do Brasília Convention & Visitors Bureau, entretanto, acha que a cidade já tem uma oferta de outros produtos turísticos, como o turismo cívico, histórico, arquitetônico, gastronômico, rural e místico que, ao lado do ecoturismo praticado na região, garantem o fluxo turístico.

A decisão do presidente Severino somente se confirmará na terça-feira, pois o Congresso pode entrar em recesso se aprovar a Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2006, cujo prazo final é o próximo dia 30. Se não conseguir colocar em pauta e, logo, votar a LDO até lá, a convocação é inevitável.