BRASÍLIA - A escolha da cidade que vai sediar a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) entre as opções de Rio de Janeiro e Brasília poderá atrasar mais ainda a instalação do órgão. Hoje, a proposta estava sendo apreciada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), quando os senadores Marcelo Trivella (PL-RJ) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ) decidiram pedir vistas, pois a sede da nova agência será Brasília, e não Rio, onde funciona hoje o Departamento de Aviação Civil (DAC), órgão militar que será substituído.

A emenda propondo a mudança para o Rio retardaria sua tramitação, pois o projeto teria que voltar à Câmara, já que o assunto envolve o mérito da questão, segundo a análise de José Roberto Cruz, diretor de Comissões Permanentes do Senado. E começar a operação da agência ainda neste ano é um desejo da maior parte dos senadores membros das Comissões por onde o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 62/04 tramita. Para evitar atrasos, o senador Tasso Jereissati proporá a rejeição da emenda, no que conta, segundo apurou, com apoio da maior parte dos membros da CCJ. “Trata-se de um órgão técnico e estratégico para o governo, por isso tem que ficar onde está ao governo”, defende ele.