A Gol promete que manterá seu produto competitivo e com preço menor. Essa foi a posição do vice-presidente Técnico da Gol, David Barioni, com relação à entrada da BRA no mercado. Ele disse considerar muito saudável para o mercado a entrada de um novo concorrente, a BRA, e que dá as boas-vindas para a nova empresa. Mas a Gol não pretende ser impassível no mercado. “É um concorrente, seremos simpáticos com a empresa e seus funcionários, mas vamos ter um produto competitivo com preço menor”, afirmou.

No trecho São Paulo (GRU)-Brasília, um dos mais importantes para a BRA, que tem seu hub na capital federal, a Gol decidiu abaixar preço e está cobrando a partir de R$ 159, enquanto a BRA tem preço a partir de R$ 149. Já para o Rio, houve mudança de preço: partir de R$ 131 ou na opção de vôo noturno por R$ 79. A nova empresa regular está com uma tarifa especial de R$ 99.

Antônio Américo da Varig não acredita em uma guerra tarifária. Para ele, a BRA está posicionada em um segmento de mercado diferente e por isso não precisaria haver uma resposta imediata nas tarifas.

Já o diretor comercial da Tam, Klaus Kuhnast, acredita que ainda é cedo para analisar uma possível guerra tarifária, com exceção da Gol. Para ele, as duas empresas estão disputando diretamente no mesmo segmento, o que irá gerar um efeito mais imediato na Gol. “Temos yields mais agressivos do que a BRA, pontualmente, em alguns vôos, mas nada fora da estratégia da Tam”, disse.