A Iata enviou um comunicado com relação às afirmações de Paulo Roberto Wiedmann (foto), advogado da Wiedmann & Associados, criticando a entidade e a sua posição sobre a decisão da Justiça européia de ampliar o valor pago aos passageiros em caso de atraso. No começo de janeiro, a Iata soltou comunicado repudiando a decisão da Corte de Justiça Européia com relação à multa paga pelas empresas aéreas para os passageiros que não embarcarem por atraso do vôo, cancelamento ou overbooking. Além de alimentação e estada, a multa estabelecida pela Justiça varia entre 250 e 600 euros.

Veja parte da carta preparada pela Iata para o PANROTAS:

“O transporte aéreo é um setor com muita competição e faz parte do interesse comercial de todas as empresas aéreas tomar conta do seu cliente. Apesar disso, a entidade se opõe fortemente a decisões impostas pelo governo que tornam as empresas aéreas responsáveis pelo atraso de vôos, cancelamento e overbooking, mesmo em situações que estão além do seu controle, como condições climáticas e greve de controladores de vôo.

Além de ser absurdo fazer as empresas responsáveis por fatores como a chuva, essas regulamentações entram em conflito com a Convenção de Montreal, que padroniza as compensações de passageiros. Os clientes não tem benefícios com isso. Regulamentações como esta da União Européia irá criar o caos e confusão.

Acima disso, essa nova regra irá gerar custos para a indústria sem trazer benefícios para o cliente. Penalizando as empresas aéreas por mal tempo não encoraja o sol a brilhar.

O setor aéreo é vital para as economias nacionais e globais. O setor na Europa enfrenta uma difícil batalha para se reestruturar. E ao invés de criar regulamentações que atrapalham, os governos deveriam focar os esforços para criar uma fundação forte para a indústria aérea.”

A carta foi enviada ao PANROTAS por Ricardo Cano, da Iata no Brasil.