Marjori Schroeder   |   20/04/2006 13:06

Sete razões para o governo ajudar a Varig

Sete razoes para o governo ajudar a Varig Em resposta ao colunista do caderno de economia do Jornal Estado de Sao Paulo, Celso Ming, o presi

Em resposta ao colunista do caderno de economia do Jornal Estado de São Paulo, Celso Ming, o presidente da Abremar e da Nascimento Turismo, Eduardo Nascimento, decidiu listar as razões que acredita ter para que o governo subsidie a Varig. Confira as sete razões na integra:
“Sete razões para o governo ajudar a Varig:
1. Já há muita divida na Varig originada por culpa exclusiva do governo. Durante o governo de José Sarney foi editado o Plano Verão que congelou os preços, esquecendo-se de congelar os custos. A inflação no período de 12 meses chegou á 2.751%. Somente neste período a Varig perdeu o equivalente hoje á R$ 3 bilhões;

2. A Varig com dividas que acendem a R$ 7 bilhões, tem crédito várias vezes confirmado pela justiça, e em último grau de recurso do governo no STF de mais de R$ 4 bilhões;

3. A Varig em função dos diversos planos por que passou, como Plano Cruzado I, Plano Cruzado II, Plano Bresser, Plano Verão, e outros foi obrigada, descapitalizada a recorrer á Bancos pagando juros sobre juros, sem até hoje ter tido qualquer compensação;

4. A Varig durante grande parte de sua existência, em especial durante o governo militar realizou vôos em rotas deficitárias a pedido do governo por tratar-se de rotas politicamente interessantes, com exemplo os vôos para Nigéria;

5. A Varig de hoje nada tem a ver com a Varig de antes do plano de recuperação judicial, pelo qual o montante das dividas anteriores a aprovação do plano tiveram seus vencimentos postergados por três anos;

6. A Varig atual é comandada pelo Conselho de Credores, que por sua vez contratou a Alvarez&Marsal, consultoria americana, que já recuperou outras companhias aéreas;

7. A Varig tem 1,2 milhão de trechos reservados e emitidos que terá de transportar. Caso não o faça é obrigação do Poder Concedente de Serviços Públicos fazê-lo e o governo arcará com uma conta bem superior a ajuda de caixa momentânea que ela solicita.

E outras razões existem, porque nenhum outro plano alternativo foi idealizado para atender os milhares de passageiros que estão fora de seus lares”, Eduardo Nascimento.

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