Renê Castro   |   21/08/2009 15:53

Abremar garante hospedagem em navios para Copa

Em audiência pública sobre a Copa do Mundo de 2014, o presidente da Abremar, Ricardo Amaral, e o diretor executivo da ABIH Nacional, César Gonçalves, debateram uma questão importante para o País receber a competição mundial sem transtornos: hospedagem

Em audiência pública da Subcomissão Permanente de Fiscalização dos Gastos Púbicos com a Copa do Mundo de 2014, realizada ontem (quinta, dia 20), em Brasília, o presidente da Abremar, Ricardo Amaral, e o diretor executivo da ABIH Nacional, César Gonçalves, debateram uma questão importante para o País receber a competição mundial sem transtornos: hospedagem. Segundo Amaral, há todas as condições para os navios trazerem turistas do Exterior para a Copa. Por outro lado, o dirigente alertou para a atual infraestrutura portuária.

“Dos mais de 40 portos que temos no País, só seis têm estrutura para receber grandes embarcações. Para receber turistas precisamos de melhorias, como instalação de rampas, escadas e salas de embarque e desembarque. Em outros países, os portos têm estruturas semelhantes às de aeroportos”, explicou Amaral.

Segundo levantamento da ABIH, o setor hoteleiro tem hoje 300 mil apartamentos divididos entre as 12 cidades-sede da Copa. Por outro lado, somente na próxima temporada de cruzeiros, 18 navios estarão na costa brasileira, com oferta total de 907.167 leitos.

Para César Gonçalves, o setor hoteleiro precisa ter cautela para evitar um crescimento que não se sustente após a Copa de 2014. “O nosso propósito é dimensionar bem as condições não só para a Copa do Mundo, mas para a real necessidade pós Copa, para que não tenhamos hotéis quebrando quando terminar o evento.”

A solução dos cruzeiros beneficiará, principalmente, as cidades litorâneas, que terão sua economia ativada com os gastos de turistas de vários países que, poderão, ainda, viajar de uma cidade a outra nos intervalos dos jogos. Os navios, porém, não resolvem o problema de cidades-sede como Brasília, Belo Horizonte e Cuiabá, que estão distantes de portos.

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