Felipe Niemeyer   |   26/08/2009 21:51

Vereadora critica posição setorial do Turismo no País

A Vereadora Aspásia Camargo (PT) abriu hoje os debates sobre o macrotema "O Turismo e a Economia do Brasil", que será abordado nas próximas reuniões do CTur da CNC

A vereadora Aspásia Camargo (PT) abriu hoje os debates sobre o macrotema "O Turismo e a Economia do Brasil", que será abordado nas próximas reuniões do Conselho de Turismo (CTur) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), comandado pelo presidente Oswaldo Trigueiros Jr. e pelo vice Eraldo Alves da Cruz.

Aspásia começou sua apresentação criticando o fato de o Turismo ser tratado como setor. “Os próprios protagonistas da indústria não dão a devida importância ao Turismo, que tem uma dimensão tão ampla que deveria ser tratado como a questão da sustentabilidade, por exemplo, dentro de uma visão mais ampla, que permita que a atividade seja considerada como fator de desenvolvimento econômico dentro de outros setores”, explicou.

“Vejo o Brasil desperdiçando algo que é uma vocação natural. O Turismo deve ser envolvido de forma transversal a outras atividades buscando a inserção da atividade na economia. É preciso trabalhar a ideia de que o Turismo é uma fonte preciosa da economia”, disse a vereadora. Segundo Aspásia, o Brasil tem um vício desenvolvimentista dos anos 60, que tinha uma visão industrialista. “Não falo para desprezarmos nossas indústrias. Mas devemos considerar a sociedade de serviço como uma outra categoria para o desenvolvimento econômico nos tempos modernos. O turismo não deve ser considerado como um apêndice, mas, sim, como parte integrante da economia”, ponderou.

Aspásia falou sobre a necessidade de se desenvolver uma nova estrutura de trabalho para o turismo brasileiro com a participação efetiva da sociedade civil. A vereadora criticou também o trabalho de promoção do Rio de Janeiro. “Não damos importância ao que temos. Todas as secretarias – e não só no Rio – deveriam estar olhando para o turismo como uma vocação natural e com um potencial imenso a ser explorado em todos os segmentos”, disse. “Falta informação turística de qualidade, capacitação e um calendário turístico mais forte”, acrescentou.

Ainda de acordo com a vereadora, no Brasil ainda existe a cultura da fragmentação, enquanto a tendência é de integração e interatividade. “Hoje os problemas não são isolados e a resposta para eles é sempre a integração”, avalia. “Mas é importante que nós também mudemos essa concepção e comecemos a trabalhar de forma menos isolada, com outros padrões de interrelação que permitam efetivamente a elaboração de políticas públicas e estratégias em que o turismo esteja envolvido como agente de desenvolvimento econômico. O próprio segmento do Turismo ainda se coloca como setorial”, finalizou.

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